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Presidente diz contabilizar R$ 6,6 bilhões em danos por protestos no Peru

Manifestantes em protesto em Lima - Angela Ponce/Reuters
Manifestantes em protesto em Lima Imagem: Angela Ponce/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/01/2023 17h30Atualizada em 24/01/2023 17h42

Dina Boluarte, presidente do Peru, disse hoje que os protestos no país causaram danos bilionários e repudiou a violência envolvida nos atos. Ao menos 44 pessoas morreram em consequência das manifestações, que começaram em dezembro.

A presidente estimou um total de R$ 6,6 bilhões de perdas causadas pelos protestos até agora. O valor é dividido entre danos materiais e de produção afetada pelas greves que pararam rodovias e aeroportos.

O direito ao protesto não pode vir acompanhado de violência, destruição e morte. O caos está sendo levado ao país, me refiro sobretudo à região de Puno, onde praticamente toda a região foi tomada por essas pessoas violentas e radicais".
Dina Boluarte em coletiva de imprensa

Na semana passada, a presidente prorrogou o estado de emergência por mais 30 dias em Lima, Puno e Cusco. O decreto especifica que em Puno há um toque de recolher à noite. Essa é a região onde o confronto entre policiais e manifestantes ficou mais violento.

Peru passa por crise política. Mais de um mês depois do impeachment do ex-presidente peruano Pedro Castillo os atos continuam, apesar de o país ter decretado estado de emergência.

O que os protestos reivindicam? As multidões nas ruas pedem a renúncia de Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, uma mudança na Constituição e a libertação de Castillo.

Entenda

  • A crise política no país se agravou em 7 de dezembro, quando o então presidente Pedro Castillo fez um pronunciamento em que disse que iria instituir um "governo de emergência excepcional" a fim de convocar novas eleições e, posteriormente, mudar a Constituição do Peru.
  • O Congresso antecipou a sessão para votar pelo impeachment de Castillo e o afastou do cargo por "incapacidade moral". Horas depois, Dina Boluarte, então vice de Castillo, assumiu a Presidência.
  • A presidente tenta apaziguar os ânimos e já disse que apresentará um projeto de lei ao Parlamento a fim de antecipar as eleições para abril de 2024. A princípio, a chapa de Castillo e Boluarte governaria até 2026.
  • Mesmo preso, Castillo tem publicado cartas, em que agradece aos manifestantes, fala em golpe contra ele e acusa a imprensa local de receber dinheiro "para silenciar o massacre e a crise em todo o Peru".