Topo

Conteúdo publicado há
11 meses

MP da Indonésia pede 12 anos de prisão a brasileira presa com cocaína

Manuela Vitória De Araujo Farias, de 19 anos, foi presa no Aeroporto Internacional de Bali com 3 kg de cocaína - Reprodução/CNN Indonesia
Manuela Vitória De Araujo Farias, de 19 anos, foi presa no Aeroporto Internacional de Bali com 3 kg de cocaína Imagem: Reprodução/CNN Indonesia

Do UOL, em São Paulo

23/05/2023 12h07Atualizada em 23/05/2023 12h16

O Ministério Público da Indonésia pediu pena de 12 anos de prisão à brasileira presa em Bali após tentar entrar no país com mais de três quilos de cocaína.

O que aconteceu

De acordo com a defesa da brasileira, o órgão descartou prisão perpétua ou pena de morte para o caso - condenações comuns no país, que tem uma severa lei antidrogas. Uma parte do julgamento aconteceu nesta madrugada na Indonésia. Uma nova fase do processo está marcada para 30 de maio, quando a defesa será ouvida.

A acusação foi apresentada pelo MP do país e deixou a defesa satisfeita, segundo o advogado Davi Lira, que acompanha o caso do Brasil. Na Indonésia, a jovem tem outro defensor especializado em casos como o dela.

A expectativa da defesa já era de que a jovem não deve pegar penas mais duras, como adiantou o advogado em abril. Agora, os advogados devem recorrer, para diminuir a pena.

A defesa espera conseguir uma pena ainda menor que essa, mas vai mais tranquila [para o julgamento final], sabendo que a Manuela praticamente escapou tanto da prisão perpétua quanto da pena de morte. O trabalho continua, a gente não sabe qual vai ser o entendimento do juiz, mas partimos da premissa de que se a própria acusação não pleiteia a pena capital, o juiz não vai dar de ofício
Davi Lira, advogado da família

Em janeiro, o Itamaraty disse ao UOL ter conhecimento do caso, acompanhado pela Embaixada do Brasil em Jacarta, e que "vem prestando a assistência consular cabível à nacional".

Relembre o caso:

Manuela foi detida no dia 1º de janeiro, quando desembarcou com a droga dividida em duas malas. À época, o advogado disse que a jovem não sabia o que levava ao embarcar para o país asiático.

Segundo Davi Lira, a paraense até desconfiou da promessa de aulas de surfe em troca do transporte de uma encomenda até o país, e tentou desistir, mas teria sido coagida por pessoas que a abordaram.

Natural de Belém, a jovem conheceu os suspeitos pelo envio da droga em um "circuito de baladas" de Santa Catarina, estado no qual a mãe dela mora, para fazer tratamento contra uma doença.