Falha no sistema de sinalização causou acidente na Índia, diz ministro
A causa do acidente de trens em Odisha, na Índia, que deixou quase 300 mortos na última sexta-feira (2), foi uma falha no sistema de sinalização eletrônico, disse o ministro dos Transportes Ferroviários, Ashwini Vaishnaw, sem revelar outros detalhes.
O que aconteceu?
Ashwini disse que "uma mudança que ocorreu durante o intertravamento eletrônico" provocou o acidente, utilizando um termo técnico que faz referência a um complexo sistema de sinalização projetado para impedir a colisão de trens, com o controle da circulação das composições.
Os funcionários responsáveis pela mudança já foram identificados, segundo o ministro. Vaishnaw afirmou, no entanto, que "não é apropriado" dar mais detalhes até que um relatório oficial das investigações seja elaborado. "Nosso foco agora é na recuperação", disse ele à agência de notícias ANI.
"Falha humana" pode ter provocado um dos piores acidentes ferroviários na história do país. O jornal The Times of India citou uma investigação preliminar que indica isso.
O Coromandal Express viajava entre Calcutá e Chennai. A composição recebeu luz verde para circular pela via principal, mas foi desviado por uma falha humana para um trilho onde um trem de cargas estava estacionado, de acordo com o jornal.
O trem de passageiros colidiu com a composição de cargas a uma velocidade de 130 km/h. Três vagões tombaram no trilho anexo, o que atingiu a parte final de um trem expresso de passageiros que seguia de Bangalore para Calcutá.
Pior acidente desde 1995
Este é o pior acidente ferroviário na Índia desde 1995, quando uma colisão entre dois expressos perto de Agra, cidade onde fica o Taj Mahal, provocou mais de 300 mortes.
O balanço da tragédia pode aumentar para 380 mortos, de acordo com o diretor do corpo de bombeiros de Odisha, Sudhanshu Sarangi.
Todos os hospitais entre o local da tragédia e Bhubaneswar receberam vítimas da tragédia, informaram as autoridades. Quase 200 ambulâncias e ônibus foram mobilizados para o transporte.
Uma escola do Ensino Médio próxima do local da tragédia foi transformada em um necrotério improvisado, onde as autoridades acompanham as famílias para tentar identificar as vítimas.
Arvind Agarwal, que coordena o necrotério improvisado, afirmou que os cadáveres estão "quase irreconhecíveis" depois de mais de 24 horas sob um calor escaldante. Ele informou às famílias que testes de DNA serão necessários para identificar as vítimas.
* Com AFP
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