Avião, sonar e navio: operação corre contra o tempo em busca de submersível
A Guarda Costeira dos Estados Unidos iniciou uma missão de busca para encontrar o submersível que desapareceu levando turistas para ver os destroços do Titanic no Atlântico Norte. Havia cinco pessoas a bordo da embarcação.
Como são as buscas?
As buscas estão sendo feitas tanto na superfície quanto embaixo da água. As buscas na superfície consideram a hipótese de o submarino ter retornado. Para as buscas embaixo da água, é usado sonar para tentar localizar a embarcação.
São usados três aviões Hércules C-130. Essa aeronave é considerada um avião de transporte militar e usada em missões de resgate.
Também é usada uma aeronave P8 equipada com um sonar. O sonar detecta objetos no fundo dos oceanos por meio da emissão de ondas sonoras. Essa aeronave é considerada um dos aviões de patrulha marítima mais avançados da indústria bélica. Em tempos de paz, a aeronave serve em missões de busca e salvamento de náufragos — como é o caso agora.
O navio quebra-gelos canadense Kopit Hopson 1752 e um submarino também são usados nas buscas. Um navio em Boston teria a capacidade de abaixar um cabo e se conectar ao submersível, mas ele ainda está distante.
Operação complexa
As operações de busca são difíceis, explicou a Guarda Costeira americana.
As buscas, na superfície ou debaixo d'água, envolvem uma região "de quase 1.450 quilômetros ao leste de Cape Cod [península nos EUA], a uma profundidade de cerca de 4.000 metros", disse o contra-almirante John Mauger à imprensa em Boston, de onde coordena a operação.
"É um desafio realizar uma busca nessa área remota, mas estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo. Trabalhamos muito duro para encontrá-los
John Mauger
O tempo é um fator crítico. O veículo foi projetado para ter uma capacidade de emergência de até 96 horas de oxigênio, segundo o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger.
Profundidade é "escura como um breu" e é difícil navegar com segurança. Mesmo que uma embarcação localizasse o submersível, seria difícil prendê-lo a um cabo. O capitão aposentado da marinha David Marquet explicou o motivo em entrevista à ABCNews:
As probabilidades estão contra eles. Você tem de acertar exatamente. É como ... tirar um daqueles brinquedos daquelas máquinas de fliperama. Em geral, você erra.
O que aconteceu
A embarcação Titan submergiu na manhã de domingo, 18 de junho.
O barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com ele cerca de uma hora e 45 minutos mais tarde, segundo a Guarda Costeira dos EUA.
O submersível foi dado como desaparecido a cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, segundo as autoridades canadenses, na área onde ocorreu o naufrágio do Titanic, em 1912.
* Com informações da Deutsche Welle e AFP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.