Paz passa pelo fim do apartheid dos palestinos, diz presidente da Fepal

A paz no Oriente Médio só se tornará uma realidade com o fim do apartheid sofrido pelos palestinos. A avaliação é de Ualid Rabah, presidente da Fepal (Federação Árabe-Palestina do Brasil), em entrevista ao UOL News.

Existe uma guerra que dura 76 anos contra o povo palestino, de extermínio e limpeza étnica. O processo de paz passa pelo fim da ocupação, do apartheid e do retorno dos refugiados palestinos. Se isso for resolvido, resolve-se absolutamente tudo. A pergunta não pode ser sobre o 'direito de Israel reagir'. Ualid Rabah, presidente da Fepal (Federação Árabe-Palestina do Brasil)

Rabah acusou Israel de promover uma "limpeza étnica" contra o povo palestino e questionou por que não houve reação dos demais países a este fato nas últimas décadas. Para o presidente da Fepal, o Ocidente precisa abrir os olhos para a questão da Palestina para que finalmente se dê início a um processo de paz na região.

Sou a favor da resolução pacífica de todas as questões que envolvem a humanidade na atualidade. Não se trata de um episódio solto, mas que está conectado a um conjunto de elementos. Temos que discutir sob o ponto de vista palestino o que queremos. Eu quero um Estado laico. Queremos um processo de paz genuíno. Para ele acontecer, especialmente o autoproclamado Ocidente tem que assumir suas responsabilidades frente ao direito internacional e à questão palestina. Ualid Rabah, presidente da Fepal (Federação Árabe-Palestina do Brasil)

Rubens Barbosa: Entrada de Hezbollah é o grande risco na guerra de Israel

O ex-embaixador Rubens Barbosa explicou que uma possível entrada do Hezbollah contribuiria decisivamente para o agravamento do conflito entre Israel e Hamas. Ele se mostrou pessimista com relação à resolução do problema e prevê uma situação humanitária preocupante para os próximos dias.

Era previsível uma resposta como a que está sendo dada por Israel, com os bombardeios e essa ideia de cerco para a região da Faixa de Gaza. A grande complicação pode ser a entrada do Hezbollah e, segundo a narrativa ocidental, do Irã nesta crise. Este é o grande risco, porque poderia haver algum ataque ao Irã. Aí a situação sairia fora de controle. Rubens Barbosa, ex-embaixador

'Muitos souberam de sequestros por vídeos do próprio Hamas', diz brasileira

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Gabriela Varella relatou o drama de um grupo de brasileiros desaparecidos após participar de um festival de música eletrônica em Israel. A brasileira, que mora em Tel Aviv há três anos, disse que muitas pessoas só sabem que parentes e amigos foram sequestrados ao assistir aos vídeos divulgados pelo próprio Hamas durante os ataques.

Muitas pessoas ficaram sabendo dos sequestros pelos vídeos do próprio Hamas, que grava as pessoas que estão vivas ou mortas e depois envia. Ainda não achamos o nome deles entre a lista dos mortos no festival. Eles tão desaparecidos e não sabemos do paradeiro. Não os conhecia pessoalmente, mas muitos amigos meus estavam com eles na rave e sobreviveram ao ataque. Gabriela Varella, influenciadora digital

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