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Nove jornalistas morreram no conflito entre Israel e Hamas, diz comitê

Ao menos nove jornalistas morreram no conflito entre Israel e Hamas, disse o Comitê de Apoio aos Jornalistas (JSC). Outros dois profissionais de imprensa estão desaparecidos, segundo organizações.

O que aconteceu:

O Comitê de Apoio aos Jornalistas (JSC) informou nesta quarta-feira (11) que o jornalista Muhammad Faiz Youssef Abu Matar, de 28 anos, foi morto após um bombardeio a casas em Rafah.

Com isso, o comitê aumentou para nove o número de profissionais da imprensa mortos no conflito iniciado no último sábado (7).

O Comitê de Apoio aos Jornalistas condena veementemente este alvo que levou à morte do jornalista Muhammad Faiz Youssef Abu Matar, e enfatiza que a continuada ação israelense que tem como alvo jornalistas é uma violação estrita dos direitos humanos e viola todos os tratados e acordos internacionais que garantem a proteção a jornalistas.
JSC, em nota

Lista de jornalistas mortos, segundo o JSC:

  • Muhammad Faiz Youssef Abu Matar
  • Salam Meme
  • Saeed Al-Taweel
  • Mohamed Sobh
  • Hisham Nawajha
  • Omar Abu Shawish
  • Mohamed Salehi
  • Mohamed Jargon
  • Ibrahim Lafy

O ministério da Saúde da Palestina afirmou ontem (10) que 8 profissionais morreram, mas não lista os nomes das vítimas. Segundo a pasta, 15 jornalistas também ficaram feridos.

Segundo o CPJ, outros dois profissionais estão desaparecidos: Haitham Abdelwahid e Roee Idan.

"O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo de partes em conflito", disse Sherif Mansour, coordenador do programa do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África.

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A guerra entre Israel e o Hamas chegou ao quinto dia nesta quarta-feira (11), e o número oficial de mortes pode ter ultrapassado 3.500. Em Israel, os jornais relatam 1.200 mortos e 2.900 feridos. Já o ministério da saúde da Palestina informa 1.100 mortos e 5.339 feridos. Além disso, Israel diz ter encontrado 1.500 corpos de soldados do grupo extremista Hamas em território israelense.

Além disso, ataques israelenses mataram 11 funcionários da ONU. Os mísseis disparados por Israel contra a Faixa de Gaza vitimaram funcionários da UNRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos.

As mortes ocorreram em decorrência dos ataques que destruíram suas casas. Entre as vítimas estão cinco professores e uma médica que atendia mulheres palestinas.

Ataques sobre Gaza deslocam 263 mil palestinos e atingem 12 mil prédios

A ONU aponta que mais de 263 mil palestinos foram deslocados de suas casas, como resultado dos mísseis disparados por Israel sobre Gaza.

Mais de 175 mil pessoas deslocadas estão sendo acolhidas em escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos.

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Mais de mil residências em Gaza foram destruídas e cerca de 560 foram gravemente danificadas e tornadas inabitáveis. Outras 12,6 mil sofreram danos menores, segundo dados publicados pela ONU nesta quarta-feira (11).

10.out.2023 - Palestinos nas ruínas de um bairro da Cidade de Gaza, destruído por bombardeios israelenses
10.out.2023 - Palestinos nas ruínas de um bairro da Cidade de Gaza, destruído por bombardeios israelenses Imagem: AP - Fatima Shbair

Os ataques aéreos israelenses também danificaram sete instalações que forneciam água e serviços de saneamento a mais de 1,1 milhão de pessoas, informou a ONU. Em algumas zonas, os esgotos e os resíduos sólidos acumulam-se nas ruas, constituindo um perigo para a saúde.

Os 13 hospitais e outras instalações de saúde em Gaza estão apenas parcialmente operacionais devido à escassez de abastecimento e ao racionamento de combustível. O hospital de Beit Hanoun está também inacessível devido aos danos causados nas zonas circundantes.

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