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Dia 5 da guerra: Israel diz ter matado filho e irmão de comandante do Hamas

A guerra em Israel chegou ao quinto dia com ataques na Faixa de Gaza, Síria e Líbano. Na madrugada desta quarta-feira - no Brasil, manhã no Oriente Médio - ao menos 270 bombardeios foram realizados pelas Forças israelenses. A casa do chefe militar do grupo extremista Hamas foi atingida resultando nas mortes de seu filho e irmão.

O que aconteceu:

A casa de parentes de Mohammad Deif, o comandante militar do Hamas, no bairro de Qizan an Najjar, em Khan Younis, foi bombardeada pela Força Aérea de Israel. Ele é chefe da ala militar do grupo extremista e mentor da incursão do grupo ao território nas primeiras horas deste sábado (7).

Meios de comunicação palestinos afirmam que os aviões acertaram a casa do pai de Deif, matando o filho, o irmão e a neta do irmão do líder do Hamas. Ainda não se sabe o número de parentes que estavam na casa em Khan Younis e ficaram presos nos escombros.

Os militares da IDF dizem que os alvos foram atingidos em al-Furqan, batizada em homenagem a uma mesquita na região da cidade. A área foi rotulada como "ninho de terror" usado pelo Hamas para lançar ataques contra Israel.

As Forças afirmam que o bombardeio de hoje é o terceiro ataque aéreo em al-Furqan nas últimas 24 horas. Nos três ataques, os militares afirmam que cerca de 450 alvos foram atingidos no total até agora. Dezenas de caças participaram dos ataques, acrescenta a IDF.

Aviões de guerra atacaram outros 70 alvos na área de Daraj Tuffah, um distrito em Gaza descrito como um "centro terrorista" dos membros do grupo extremista, de acordo com o governo israelense, na noite desta terça-feira (10).

Também foram realizados ataques contra importantes pontos utilizados pela Jihad Islâmica, outro grupo extremista que atua na Palestina, e é aliado ao Hamas, disseram as Forças de Defesa.

O número de mortos na guerra pode ter ultrapassado 3.500. Em Israel, os jornais relatam 1.200 mortos e 2.900 feridos. Já o ministério da saúde da Palestina informa 1.100 mortos e 5.339 feridos. Além disso, Israel diz ter encontrado 1.500 corpos de soldados do grupo extremista Hamas em território israelense.

Segundo o governo de Israel, até 150 reféns estão em poder do Hamas. Ontem, o grupo palestino ameaçou assassinar os sequestrados se Israel mantivesse os ataques a Gaza, mas não há informação de que estas mortes estejam acontecendo.

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Há brasileiros entre os reféns sequestrados pelo Hamas, diz o Exército de Israel. O Itamaraty diz que ainda não conseguiu confirmar a informação.

Israel afirma ter sofrido ataques do Líbano e da Síria, mas não citou vítimas nessas ocorrências. Segundo Israel, o país foi alvo de três rajadas de foguetes disparadas por facções palestinas, no Líbano, e de "lançamentos" que partiram da Síria, mas não há detalhes sobre as ocorrências.

Líbano e Síria não têm nenhum envolvimento formal na guerra. Mas o grupo Hezbollah, que é aliado ao Hamas e sediado no Líbano, disparou mísseis na fronteira com Israel e teve pelo menos quatro integrantes mortos pelo Exército israelense.

Netanyahu formou governo de emergência em Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se uniu à oposição a seu governo e criou um governo de emergência em meio à guerra contra o grupo extremista Hamas.

Na prática, o acordo funciona como uma espécie de "carta-branca" para o premiê tomar medidas de emergência sem o bloqueio de oposicionistas. Isso ocorre porque os partidos governistas não têm maioria no Parlamento israelense, o que permite que a oposição possa vetar propostas do governo.

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Governo será formado por Netanyahu, líder oposicionista e um pequeno número de ministros. O anúncio da formação desse governo foi feito em pronunciamento conjunto por Netanyahu e Benny Gantz, líder do partido oposicionista Unidade Nacional.

Gantz também pediu a criação de um "gabinete de guerra". Esse grupo seria formado somente por ele, Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. O jornal The Times of Israel diz que, mesmo assim, o premiê teria insistido para ter a palavra final nesse gabinete.

Brasileiros chegam em avião da FAB

O primeiro avião da Força Aérea que buscou brasileiros em Israel no quarto dia de guerra no país pousou às 04h07 de hoje na Base Aérea de Brasília, na capital federal.

Neste primeiro voo embarcaram 211 passageiros. No total, segundo a Embaixada do Brasil em Tel Aviv, cerca de 1.700 brasileiros pediram ao governo federal para voltar ao país nos voos da FAB — a maioria estaria em Israel para turismo.

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O avião que traz os brasileiros é um KC-30 (Airbus A330) — que tem capacidade para 238 pessoas. Os brasileiros foram transportados hoje para o aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, em cinco ônibus.

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