Como Israel pretende destruir túneis do Hamas e por que isso é enorme risco

Ontem (26), Israel realizou uma pequena incursão terrestre na Faixa de Gaza, dando início a um novo momento da Guerra contra o Hamas. A ofensiva israelita inclui planos de destruir a rede de túneis subterrâneos do grupo extremista, mas a tarefa não seria nada simples e preocupa amigos e parentes dos cerca de 200 reféns que, estima-se, estão em poder do Hamas.

A suspeita é de que muitos desses reféns, se não forem todos eles, estão mantidos justamente dentro desses túneis.

O que se sabe sobre os túneis do Hamas

Como Israel pode destruir os túneis

O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, diz que a invasão terrestre de Gaza "levará muito tempo, prolongando a guerra contra o Hamas.

Caso Israel decida destruir os túneis, o país possui armamentos específicos para atingir esse objetivo, segundo a emissora estadunidense "NBC"

Conheça as armas que Israel tem à disposição contra a rede de túneis:

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Fatores de risco

Apesar de todo esse poder bélico dos israelenses, há o perigo de que o Hamas tenha colocado milhares de bombas e explosivos ao longo dos túneis.

"É provável que haja muitos dispositivos explosivos improvisados, muitas armadilhas. O ataque terrestre é uma atividade realmente extenuante", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em entrevista coletiva.

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De acordo com Daphné Richemond-Barak, especialista em guerra subterrânea da Universidade de Reichman, em Israel, o Hamas pode usar os reféns como escudo humano no caso de Israel invadir os túneis.

"O Hamas é muito bom no uso de escudos humanos e poderia facilmente usar essa técnica no contexto dos túneis, colocando reféns israelenses, americanos e outros dentro deles", disse Richemond-Barak em entrevista à "BBC Inglaterra".

Além disso, ao destruir os túneis, edifícios inteiros podem desabar, como já ocorreu em 2021, segundo a "BBC". Um outro fator de risco é o Hamas deixar milhares de soldados israelenses entrarem nos túneis para depois explodi-los.

"Eles poderiam simplesmente deixar os soldados entrarem na rede de túneis e, eventualmente, explodir tudo. Eles poderiam sequestrar [os soldados em ataques surpresa]. Você tem, ainda, todos os outros riscos, como ficar sem oxigênio, lutar contra o inimigo em combate um-a-um e resgatar soldados feridos torna-se virtualmente impossível", disse Barak.

De acordo com o "The Economist", o uso de gases, mesmo o lacrimogêneo - muito usado em operações policiais -,é considerado um crime de guerra.

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