Conteúdo publicado há 6 meses

Porta-voz israelense sobre refugiados mortos em Gaza: 'Tragédia da guerra'

Um porta-voz do Exército de Israel definiu como "tragédia da guerra" a morte de civis após um bombardeio israelense em um campo de refugiados, ocorrido hoje.

O que aconteceu

Em entrevista à CNN dos EUA, o representante justificou a ação contra o local que reunia refugiados e disse que um líder do Hamas foi morto, bem como "outros terroristas" que se escondiam em uma rede de túneis.

O jornalista perguntou se, para matar o líder extremista, Israel decidiu bombardear a região mesmo sabendo que havia civis inocentes. Em resposta, o porta-voz Richard Hecht afirmou que a liderança havia matado "muitos israelenses" e que a batalha era "complicada".

Esse comandante [do Hamas] matou muitos israelenses. Fazemos o que podemos... É um local de batalha complicado, pode ter infraestrutura [do Hamas] ali, túneis. [...] Essa é a tragédia da guerra. Estamos dizendo há dias: civis que não estão envolvidos com o Hamas, vão para o Sul.
Porta-voz das Forças de Defesa de Israel em entrevista à CNN americana

Diante da insistência do jornalista, o porta-voz também alegou que os integrantes do Hamas se "misturam" aos civis. Segundo ele, Israel vai continuar indo atrás de todos que participaram dos ataques terroristas contra israelenses no dia 7 de outubro.

Ataque matou liderança do Hamas, diz Exército de Israel

O diretor do Hospital Indonésio de Gaza disse ao canal Al Jazeera que mais de 50 palestinos foram mortos e 150 ficaram feridos em ataques aéreos israelenses em uma área densamente povoada do campo de refugiados de Jabalia.

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Não houve comentários imediatos dos militares israelenses sobre as vítimas civis, mas sim sobre a morte de uma liderança do Hamas. Hoje, o Exército de Israel disse ter matado, em uma operação terrestre, o comandante do batalhão central de Jabalia no Hamas, Ebrahim Biari, definido como "um dos líderes do ataque terrorista assassino de 7 de outubro", diz um comunicado das Forças de Defesa de Israel.

Israel também citou 50 mortes, mas disse que foram "terroristas do Hamas" atingidos.

O assassinato foi realizado como parte de um ataque extenso a terroristas e infraestruturas terroristas do Batalhão Central Jabalia, que assumiu o controle de edifícios civis na Cidade de Gaza. O ataque prejudicou gravemente o comando, o controle do setor e a direção da atividade terrorista contra as forças das Forças de Defesa de Israel que operam na Faixa. Após o ataque, uma infraestrutura militar subterrânea do Hamas entrou em colapso sob esses edifícios.
Declaração do Exército de Israel sobre ataques de hoje

*Com informações da Reuters

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