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Israel afirma que cercou cidade; EUA pressionam país por 'pausa' na guerra

A guerra entre Israel e o Hamas chega hoje ao 28º dia, quando o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, deverá se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Na noite de quinta-feira (2), o Exército de Israel anunciou que completou o cerco à Cidade de Gaza

O que aconteceu

  • Blinken deverá pressionar o governo de Israel a concordar com uma "pausa humanitária" nas operações militares em Gaza para permitir a libertação segura de reféns e a distribuição de ajuda humanitária. A informação foi publicada pelo jornal The New York Times.
  • O secretário de Estado viajou para Israel, onde se reunirá com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. Segundo autoridades dos EUA, Blinken também visitará a Jordânia e a Turquia.
  • A tentativa de Blinken de negociar "pausas humanitárias" reforça o que foi defendido pelo presidente dos EUA, Joe Biden. Ele afirmou que o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu havia concordado anteriormente em interromper brevemente os bombardeios em 20 de outubro para permitir a libertação de duas cidadãs norte-americanas, Judith Raanan, 59, e sua filha, Natalie Raanan, 17.
  • Em entrevista a jornalistas antes da viagem, Blinken disse que as discussões também se concentrarão no futuro de Gaza. Segundo ele, o objetivo é conseguir mais ajuda humanitária, na libertação dos reféns e garantia de que o conflito não se espalhe.
  • O principal diplomata norte-americano reiterou o direito de Israel de se defender. Afirmou, porém, que tanto o país como os EUA têm responsabilidade de garantir proteção dos civis que estejam em perigo. "Falaremos sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar os danos a homens, mulheres e crianças em Gaza, e isso é algo com o qual os EUA estão comprometidos", disse Blinken.

Quando vejo uma criança palestina, um menino ou uma menina, ser retirado dos escombros de um prédio que desabou, isso me dá um nó no estômago... Portanto, isso é algo a que temos a obrigação de responder, e o faremos.
Antony Blinken

  • Blinken ainda afirmou que os EUA e outros governos estão explorando uma série de opções para o futuro de Gaza. Segundo ele, isso pode incluir agências internacionais e outros países da região, mas não deu mais detalhes. "As pessoas estão muito concentradas no dia de hoje, não apenas no dia seguinte. Mas temos que conversar agora sobre a melhor maneira de estabelecer as condições para uma paz duradoura e sustentável - segurança duradoura e sustentável tanto para israelenses como para palestinos", disse.

Cerco à Cidade de Gaza

As Forças de Defesa de Israel anunciaram na noite desta quinta-feira (02) que cercaram completamente a Cidade de Gaza, enclave de onde partiram os ataques perpetrados pelo grupo extremista Hamas no dia 7 de outubro e que deixaram mais de 1.400 mortos em território israelense. "Os soldados concluíram o cerco à Cidade de Gaza, o centro da organização terrorista Hamas", declarou o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari.

  • Em resposta à declaração, o braço armado do Hamas, formado pelas Brigadas Ezzedine al-Qassam, disse que Gaza seria uma "maldição" para Israel e que seus soldados voltariam para casa "em sacos pretos".
  • Depois de quase quatro semanas de conflito, o número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou os 9.000, sendo 3.760 crianças, de acordo com informações divulgadas por autoridades locais.
  • A quantidade de crianças mortas no conflito Israel-Hamas é mais de seis vezes maior do que as 560 vítimas registradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 19 meses de guerra na Ucrânia.

* com Reuters e Deutsche Welle

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