'Não há negociação ou troca' enquanto Israel continuar ataques, diz Hamas
O grupo extremista Hamas disse que "não haverá negociações" com Israel até que os ataques à Faixa de Gaza parem.
O que aconteceu
Osama Hamdan, autoridade do Hamas, negou a possibilidade de acordos e trocas de reféns "a não ser parando a agressão". O representante do grupo concedeu coletiva de imprensa nesta terça-feira (5).
Ele disse também ser impossível "derrotar o movimento Hamas" e o povo palestiniano: "[Benjamin] Netanyahu e os seus líderes de guerra estão a afundar-se cada vez mais no atoleiro de Gaza", continuou.
Após o fim da trégua, Israel voltou a atacar Gaza —e foguetes foram lançados em direção aos israelenses que ocupam o enclave. Após a mediação do Catar, os dois lados do conflito respeitaram uma trégua de uma semana que incluiu a libertação de 137 reféns na Faixa de Gaza e 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel.
Netanyahu tem total responsabilidade pelas vidas de prisioneiros e detidos, devido à sua obstrução à conclusão do acordo de troca e à retomada da agressão. Eles estão expostos ao risco de serem mortos por bombardeios sionistas, e Netanyahu não está preocupado com eles ou suas famílias, e não se preocupa com suas vidas.
Osama Hamdan, autoridade do Hamas
Ontem, Israel apresentou duas condições para encerrar "imediatamente" a guerra, mas disse que ambas são "inegociáveis". Ofir Gendelman, porta-voz do governo israelense, disse que a guerra seria encerrada "imediatamente" caso o Hamas cumprisse as duas exigências:
"Primeira: o Hamas deve libertar todos os sequestrados, sem qualquer exceção. Segunda: os líderes do Hamas devem se render e esta organização terrorista deve ser desmantelada completamente e para sempre", disse.
O porta-voz ainda disse que os cidadãos de Gaza podem viver como os dos "Emirados Árabes" se o Hamas for eliminado. "Gaza será reconstruída. Os cidadãos de Gaza poderão viver normalmente e em paz, longe da violência e do terrorismo", declarou. No entanto, o representante não explicou quais seriam as condições de Israel para a suposta reconstrução, e nem qual seria a forma de conduzir uma nova liderança política à região, que é dominada pelo Hamas desde 2006.
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