Conteúdo publicado há 3 meses

EUA: Quem são Nikki Haley e Ron DeSantis, oponentes de Trump nas primárias

Nikki Haley e Ron DeSantis são vistos como os nomes com maior potencial para enfrentar Donald Trump na disputa pela candidatura à Presidência pelo Partido Republicano. Hoje, nas primárias de Iowa, eles terão a primeira oportunidade de mostrar se podem ser competitivos ao popular ex-presidente.

Quem é Nikki Haley?

Haley é ex-governadora da Carolina do Sul. A republicana, de 51 anos, governou o estado do sudeste dos EUA por sete. Em sua primeira vitória, tornou-se a governadora mais jovem da história do estado.

Ela foi embaixadora dos Estados Unidos na ONU no governo Trump. Com isso, se tornou uma das porta-vozes da política externa do antigo governo —como a saída dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da organização, que criticou Trump por sua política de separar crianças dos pais na fronteira com o México, e a saída dos EUA do Acordo de Paris em 2017.

Haley foi a primeira a desafiar Trump na disputa pelas primárias. O anúncio foi feito em fevereiro de 2023, há quase um ano.

Nikki Haley em evento de campanha em Iowa, nos EUA
Nikki Haley em evento de campanha em Iowa, nos EUA Imagem: JOE RAEDLE - 15.jan.2024/Getty Images via AFP

Doações de grandes empresários chamam a atenção em sua candidatura. Entre eles, estão os irmãos Charles e David Koch, bilionários do setor petrolífero e também donos da organização conservadora Americans for Prosperity Action. O cofundador do Linkedin, Reid Hoffman, e o CEO do banco JPMorgan Chase, Jamie Dimon, também foram nomes conhecidos que declararam publicamente apoio a Haley.

Haley pode ser a primeira mulher a concorrer pelos Republicanos. A pré-campanha foi engatar no último semestre, e ela cresceu nas pesquisas. Com isso, Haley passou a ameaçar o segundo lugar nas prévias republicanas, até pouco tempo visto como praticamente garantido por Ron DeSantis.

E Ron DeSantis?

DeSantis, atual governador da Flórida, já foi próximo a Trump. Ele foi eleito em 2018 e reeleito com maioria expressiva em 2022, e contou com apoio decisivo de Trump na primeira vitória, que conseguiu por uma margem apertada.

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Antes do governo, foi integrante do Congresso pela Flórida por dois mandatos consecutivos. Também tem em seu currículo a formação nas universidades Yale e Harvard, além de atuação no Exército, onde advogou. Ele também foi assessor das Forças Armadas em Guantánamo e das tropas de elite no Iraque.

Como Trump, também é considerado um conservador linha-dura. DeSantis se posiciona fortemente por políticas anti-imigração e antiaborto, e é contrário a pautas de movimentos antirracistas nos EUA.

Atributos tentam melhorar a impressão de que DeSantis é pouco carismático. Em vez dos grandes eventos eleitorais, ele decidiu anunciar sua candidatura pelo Twitter. Aliados tentam melhorar sua imagem de um político "frio" e "distante".

O governador da Flórida, Ron DeSantis, em evento de campanha em Iowa
O governador da Flórida, Ron DeSantis, em evento de campanha em Iowa Imagem: ANNA MONEYMAKER - 15.jan.2024/Getty Images via AFP

Primárias em Iowa dão início à corrida eleitoral

Os eleitores republicanos irão escolher entre Donald Trump, Nikki Haley, Ron DeSantis e outros três candidatos Segundo as pesquisas eleitorais, Haley e DeSantis disputam para ver quem pode competir com Trump, já que o ex-presidente é visto como favorito e pode levar mais de 50% das urnas.

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Uma vitória muito expressiva de Trump em Iowa reforçaria seu argumento de que ele é o único candidato que pode derrotar Joe Biden. Apesar de as primárias do Partido Democrata ainda não terem começado, o atual presidente deve ser facilmente escolhido como nome para disputar a reeleição.

As primárias em Iowa exigem comparecimento presencial dos eleitores —um desafio em meio a uma forte onda de frio. Diferentemente de uma eleição normal, os "caucuses" de Iowa exigem que os eleitores se reúnam pessoalmente na segunda-feira à noite, a partir das 19h (22h no horário de Brasília), em pequenos grupos em igrejas, escolas e centros comunitários, onde votam em segredo após discursos dos representantes das campanhas.

*Com informações da AFP e Reuters

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