Conteúdo publicado há 10 meses

'Pode chamá-lo de ditador', diz Mujica sobre governo de Nicolás Maduro

O ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica disse que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pode ser chamado de "ditador".

O que aconteceu

Mujica afirmou que "há um governo autoritário" na Venezuela. Ele destacou que o governo local "destrata as pessoas". "Eu aprendi isto: em uma praça sitiada, qualquer dissidente é um traidor. Então tratam as pessoas como merda", afirmou.

"A desgraça da Venezuela é que tem muito petróleo, sente-se cercada e tem um governo autoritário que vai na direção oposta", disse o líder de esquerda a jornalistas na sexta-feira (16).

Questionado sobre o governo Maduro, o uruguaio afirmou: "Onde se origina o conceito de ditadura? Era uma decisão do Império Romano, quando as batatas estavam assando, que concentravam o poder e o entregavam a um único cara, para mandar. Nenhuma discordância nem nada."

Ordem fechada, porque em momentos de perigo não se pode discutir. Deve haver alguém no comando. Ali foi inventada a figura do ditador. Na Venezuela existe um governo autoritário e você pode chamá-lo de ditador, chame-o do que quiser.
Jose Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Países expressam 'preocupação' com ações da Venezuela

Rocío San Miguel, chefe da ONG venezuelana Controle Cidadão
Rocío San Miguel, chefe da ONG venezuelana Controle Cidadão Imagem: Reprodução - 27.jan.2023/X @rociosanmiguel

O Uruguai se juntou à Argentina, Costa Rica, Equador e Paraguai para um comunicado sobre a Venezuela. Os países demonstraram "sua profunda preocupação com a detenção arbitrária da ativista [venezuelana] de direitos humanos Rocío San Miguel" e a suspensão das atividades do escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU no país.

Os cinco países divulgaram uma nota conjunta. O texto faz um "enérgico apelo às autoridades venezuelanas a libertá-la imediatamente e a retirar as acusações contra ela".

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San Miguel foi presa na segunda-feira (12). Ela foi levada para El Helicoide, prisão dos serviços de inteligência venezuelanos (Sebin) em Caracas.

Diretora de ONG é acusada de "traição" e "terrorismo". Na segunda, o promotor Tarek William Saab publicou no X (o antigo Twitter) que o MP (Ministério Público) vai pedir para que o tribunal antiterrorismo da Venezuela cuide do caso.

Com ANSA

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