Conteúdo publicado há 4 meses

Biden confude Gaza com Ucrânia ao anunciar envio de ajuda humanitária

O presidente Joe Biden, de 81 anos, confundiu a região de Gaza com a Ucrânia ao anunciar ontem (1º) que os Estados Unidos vão enviar ajuda humanitária para a região de Gaza nos próximos dias, por meio de lançamentos aéreos.

O que aconteceu

Durante o pronunciamento, Biden falou duas vezes sobre "ajudar a Ucrânia". O anúncio foi feito enquanto ele recebia a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em Washington.

Biden disse que os EUA vão se juntar à Jordânia e outros países que estão fornecendo "lançamentos aéreos de alimentos e suprimentos adicionais na Ucrânia". Em seguida, o presidente declarou que os Estados Unidos iriam "procurar continuar a abrir outros caminhos na Ucrânia, incluindo a possibilidade de um corredor marítimo para fornecer grandes quantidades de assistência humanitária".

Os funcionários da Casa Branca explicaram que ele se referia à Gaza. O presidente reiterou que as vidas das crianças da região estão em risco e que os EUA "insistiriam para que Israel fizesse mais para facilitar a ajuda às pessoas afetadas pela guerra".

Ele ainda declarou que a ajuda que chega em Gaza hoje não é nem perto de ser suficiente. "Não ficaremos parados até conseguirmos mais ajuda. Deveríamos receber centenas de caminhões", diz.

Segundo a ONU, 30 mil pessoas já morreram na região e cerca de 17 mil crianças estão sozinhas. Além disso, 2,2 milhões de pessoas estão ameaçadas pela falta de comida.

Na última quinta-feira (29), mais de 100 pessoas morreram atingidas por tiros de soldados israelenses quando tentavam receber ajuda humanitária em Gaza, informou o Hamas. Israel alega que soldados se sentiram "ameaçados".

Os EUA exigiram "respostas de Israel sobre o ataque". "Buscamos de forma urgente informações suplementares sobre o que aconteceu exatamente", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Alguns países já começaram a enviar ajuda por meio de lançamentos aéreos. Aviões da Jordânia, com o apoio do Reino Unido, França e Holanda organizaram até agora a maior parte. Várias aeronaves egípcias e dos Emirados Árabes Unidos fizeram o mesmo.

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*Com AFP

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