Explosão em base militar pró-Irã no Iraque deixa um morto, diz agência

Um bombardeio atingiu nesta sexta-feira (19) uma base militar no Iraque que acolhe tropas do Exército e do antigo grupo paramilitar pró-iraniano Hashd al Shaabi, segundo fontes de segurança da AFP. O alvo fica próximo à cidade de Iskandariya, a cerca de 50 km ao sul de Bagdá.

O que aconteceu

Ataque deixou um morto e oito feridos, segundo a AFP. A informação foi repassada à agência de notícias por um funcionário do Ministério do Interior do Iraque. Questionada, a fonte não soube apontar os responsáveis pelo bombardeio. Segundo a Reuters, as explosões aconteceram por volta de 0h (horário local, 18h em Brasília).

Base é usada pelas Forças de Mobilização Popular do Iraque. As PMF, na sigla em inglês, começaram suas operações como um agrupamento de facções armadas, muitas próximas do Irã, e posteriormente foram reconhecidas como uma força formal de segurança por parte das autoridades iraquianas.

PMF confirmou explosões, mas não falou em vítimas. Em nota divulgada em seu site oficial, as Forças de Mobilização Popular do Iraque informaram que as explosões atingiriam a base de Kalsu, ao norte da província de Babil, e causaram "perdas materiais e feridos". Uma equipe foi enviada ao local, e mais detalhes serão divulgados "assim que a investigação preliminar for concluída", acrescentaram as PMF.

Ataque ao Irã

Mais cedo, mísseis atingiram instalações nucleares do Irã. O ataque, atribuído pelas fontes de inteligência dos EUA a Israel, ainda não foi confirmado por Tel Aviv. Os projéteis e ao menos três drones lançados sobre a cidade central de Isfahan foram interceptados, segundo a mídia estatal iraniana.

Ação pode ter sido uma resposta de Israel à ofensiva iraniana. No sábado (13), o Irã lançou drones e mísseis contra Israel, em uma retaliação a um bombardeio ao consulado iraniano na Síria, no início do mês. Israel havia prometido responder a esse ataque "sem precedentes", em meio aos apelos da comunidade internacional pela não escalada do conflito.

Irã minimizou o incidente e indicou não ter planos de retaliação. A mídia e as autoridades iranianas descreveram o ocorrido como um ataque de "infiltrados", e não de Israel. O bombardeio não causou danos, segundo o comandante do Exército do Irã, Siavosh Mihandoust, acrescentando que o barulho ouvido em Isfahan era, na verdade, os sistemas de defesa aérea que interceptaram um "objeto suspeito".

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