Milei provoca Fernández, que rebate: 'Doeria se me mostrasse com fascistas'

O presidente da Argentina, Javier Milei, insistiu nos ataques ao presidente espanhol Pedro Sánchez, comparando-o ao seu antecessor, Alberto Fernández. O peronista minimizou a provocação e disse que só se ofenderia caso Milei o tivesse mostrado "rodeado de fascistas".

O que aconteceu

Milei compartilhou uma montagem com Sánchez e Fernández. A publicação feita no Instagram sugere que o presidente espanhol e o ex-presidente argentino são duas metades da mesma pessoa (veja abaixo). No domingo (19), Milei iniciou uma crise diplomática com a Espanha após fazer críticas a Sánchez e chamar a primeira-dama do país de "corrupta".

Ex-presidente argentino rebateu provocação com ironia. Dirigindo-se a Milei e citando o perfil oficial de Sánchez, Fernández escreveu no X (ex-Twitter): "Ainda que você desrespeite o povo e as instituições da Espanha, me honra que me compare com um democrata e defensor do Estado Democrático de Direito, como Pedro Sánchez. Me doeria muito se você me mostrasse rodeado de falangistas e fascistas".

Na véspera, Fernández já havia criticado Milei. O ex-presidente disse que a relação entre Argentina e Espanha sempre foi privilegiada, mas agora, após as falas de Milei, vive seu "pior momento". O peronista também acusou seu sucessor de viver um "desequilíbrio emocional", pediu desculpas e prestou solidariedade a Sánchez, Gómez e sua família.

A Espanha acaba de convocar sua embaixadora em Buenos Aires e analisa retirá-la do país. Isso acontece após as críticas públicas de Milei ao presidente Pedro Sánchez e sua família, que só poderiam ser explicadas por um desequilíbrio emocional (que a psiquiatria deveria estudar).
Alberto Fernández, no domingo (19)

Casa Rosada não vê crise

Porta-voz minimizou ofensas de Milei a Sánchez e esposa. A Casa Rosada, por meio de seu porta-voz Manuel Adorni, negou que haja uma crise diplomática entre Argentina e Espanha. Segundo Adorni, as falas de Milei foram uma reação aos insultos que integrantes do governo espanhol direcionaram ao presidente argentino.

Gostaríamos que fizessem uma reflexão e pedissem desculpas, mas não tem nada a ver com questões diplomáticas, e sim no âmbito pessoal (...). Nossa posição é clara. Depois de vários insultos que recebeu o presidente, [os espanhóis] se sentiram ofendidos. Cada um tem sua opinião e é livre para questionar.
Manuel Adorni, em coletiva

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