Venezuela anuncia vitória de Maduro em eleição marcada por suspeitas

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1. Órgão eleitoral da Venezuela anuncia vitória de Maduro, mas oposição contesta. Com cerca de 80% das urnas apuradas, Conselho Nacional Eleitoral informa que Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato com 52,2% dos votos, e que o ex-diplomata Edmundo González recebeu 44,2%. A oposição, no entanto, diz ter vencido com 70% dos votos. Em breve discurso, González afirmou que a coalizão de oposição "não descansará até que a vontade popular seja respeitada". O chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken, pediu uma recontagem "justa e transparente" dos votos pelas autoridades eleitorais. O governo brasileiro informou que vai aguardar a disponibilidade das atas para reconhecer a eleição. Já a China parabenizou a Venezuela pela eleição "bem-sucedida" e Maduro pela "vitória."

2. Israel promete "atacar com força" em resposta ao bombardeio no Golã, reforçando temores de invasão do Líbano. Israel atribuiu ao Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, o tiro de foguete no sábado que matou 12 adolescentes nas colinas do Golã, território sírio anexado por Israel em 1967. O Hezbollah nega ter feito o ataque. O secretário de estado americano, Anthony Blinken, declarou que "todas as indicações" apontam o Hezbollah como autor do tiro. O premiê Benjamin Netanyahu recebeu sinal verde do gabinete de segurança israelense "para decidir a maneira e o momento" de responder ao Hezbollah. A tensão crescente levou várias companhias aéreas, como a Air France, a suspender seus voos para Beirute hoje.

3. Novo presidente iraniano é aprovado pelo guia supremo, aiatolá Khamenei, e toma posse. O governo do reformista Masoud Pezeshkian, eleito dia 5, "reacende pequenas esperanças" de uma reaproximação do Irã com o Ocidente, afirma o jornal britânico The Guardian. Em discurso no domingo, Pezeshkian prometeu um "engajamento construtivo" com os países ocidentais, etapa que ele considera como condição prévia para o crescimento econômico de Teerã e a luta contra a inflação. O novo presidente prestará juramento no parlamento na terça.

4. Redes de fibra ótica na França são alvo de sabotagem, segundo a polícia. Atos de vandalismo afetaram o funcionamento das redes de vários operadores franceses de telefonia na madrugada desta segunda. A capital Paris, onde há os Jogos Olímpicos, não teve interrupções dos serviços. Os problemas no setor de telefonia ocorrem poucos dias após a sabotagem que provocou uma paralisação parcial da rede ferroviária do país poucas horas antes da abertura dos Jogos. O ato não foi reivindicado até o momento. Um militante de extrema esquerda foi preso no domingo em um dos locais do operador público de trens SNCF. O ministro dos Transportes afirmou que o sistema voltou a funcionar normalmente nesta segunda.

5. Kamala Harris obtém US$ 200 milhões em doações na primeira semana de campanha. Desse total, 66% foram obtidos com novos doadores, segundo seu comitê. A vice-presidente busca compensar a desaceleração na coleta de fundos que ocorreu com Joe Biden após sua desastrosa participação no debate com Donald Trump, diz o Financial Times. A campanha do republicano arrecadou, até o momento, cerca de US$ 757 milhões, sendo mais da metade entre abril e junho. Antes de Biden abandonar a disputa presidencial, ele havia conseguido levantar uma soma próxima, de US$ 746 milhões.

Deu na BBC: "Ataque de foguete coloca Israel e Hezbollah à beira de uma guerra total." Os tiros na fronteira entre Israel e o Líbano vêm se intensificando desde outubro. Depois do ataque no sábado na área do Golã, anexada por Israel, que matou 12 pessoas, o exército israelense lançou bombardeios no sul do Líbano. Mas a questão agora é saber até onde irá a resposta de Israel à tragédia ocorrida no sábado, a mais mortal desde outubro. O chanceler israelense declarou o chefe do Hezbollah deve pagar "com a própria vida." Mas Israel, diz a BBC, sabe que o preço de uma guerra total contra o Hezbollah pode ser devastador para ambas as partes. Leia mais.

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