Protestos contra a reeleição de Maduro deixam um morto na Venezuela

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1. Protestos contra a reeleição de Maduro provocam uma morte. As manifestações foram convocadas pela oposição ao governo de Maduro, que afirma ter provas de que teria vencido as eleições no domingo. Houve confrontos com a polícia, que utilizou gás lacrimogênio e balas de borracha. Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula, se reuniu em Caracas com Nicolás Maduro e com o candidato da oposição, Edmundo González. Ele pediu que o órgão eleitoral, que declarou a vitória de Maduro com 51,2% dos votos, publique as atas da votação. O presidente dos EUA, Joe Biden, marcou uma conversa por telefone com Lula para esta tarde, a pedido da Casa Branca. A Venezuela expulsou diplomatas de sete países latino-americanos após a eleição, entre eles Argentina, Chile, Peru e Uruguai.

2. Biden anuncia plano para reformar a Suprema Corte e acabar com cargo vitalício de juízes. O projeto também impõe um código de ética. A Casa Branca afirmou que a delimitação do mandato dos juízes visa evitar uma influência indevida do presidente na corte durante décadas. Em um artigo publicado no Washington Post, Joe Biden afirmou que sua proposta visa mostrar "que ninguém está acima da lei." O presidente dos EUA defende uma revisão constitucional após a recente decisão da Suprema Corte que concedeu imunidade parcial a Donald Trump, além de outras sentenças polêmicas, como a que pôs fim ao direito federal ao aborto. O projeto tem, no entanto, poucas chances de avançar no Congresso.

3. Musk compartilha vídeo falso de Kamala Harris. O dono do X foi criticado por publicar na rede um vídeo manipulado da campanha da vice-presidente em que uma voz que a imita chama o presidente Joe Biden de "senil" e afirma ainda que ela "não sabe nada sobre governar o país", reforçando as preocupações sobre uso da IA para desinformação política. O vídeo foi inicialmente postado na conta de um podcaster apoiador de Donald Trump e rotulado como "paródia". Mas Musk não especificou isso e apenas comentou que era "incrível". A publicação teve mais de 130 milhões de visualizações. Críticos afirmam que a republicação de Musk violaria as diretrizes do próprio X sobre compartilhamento de mídia manipulada.

4. Rússia anuncia ter conquistado outra localidade no leste da Ucrânia. O vilarejo de Vovche, na região de Donetsk, é mais um dos avanços das tropas russas nessa área, onde outras pequenas cidades foram capturadas nos últimos dias. Os EUA anunciaram ontem um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de US$ 1,7 bilhão, que inclui munição de defesa antiaérea. O The New York Times escreve hoje sobre a tomada de duas outras localidades no sudeste que os ucranianos haviam conseguido recuperar, mas perderam novamente após meses de intensos combates.

5. Maior incêndio do ano na Califórnia devasta norte do estado. O fogo que se arrasta há dias já queimou uma área maior do que a cidade de Los Angeles, segundo uma agência estadual. Quase cinco mil bombeiros, centenas de caminhões-tanques e dezenas de helicópteros estão mobilizados para combater as chamas. "Park fire", como é chamado, se propagou rapidamente após ondas consecutivas de calor que atingiram a Califórnia e o oeste dos EUA desde o início de junho e que deixaram a vegetação muito seca. A fumaça dos incêndios fez com que os serviços meteorológicos emitissem alertas de má qualidade do ar em vários lugares.

Deu no The Wall Street Journal: "Apoio ao Hezbollah cresce no Líbano, apesar do risco de guerra". Embora a situação econômica seja catastrófica no Líbano e a perspectiva de guerra intensa com Israel cause temores em todas as grandes facções libanesas, o grupo armado xiita, por conta de sua hostilidade irredutível contra Israel, não enfrenta mais uma real oposição no país, nem de antigos adversários do movimento . Poderosamente armado pelo Irã, o Hezbollah possui agora uma milícia mais forte e experiente do que o exército libanês, financiado pelos EUA. Desde o início da guerra em Gaza, o exército israelense matou mais de 300 membros do Hezbollah, diz o jornal. O grupo tem respondido com tiros de foguete que levaram mais de 60 mil israelenses a deixar a fronteira com o Líbano. Leia mais.

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