EUA dizem que oposição venceu na Venezuela

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O chefe da diplomacia dos EUA, secretário Antony Blinken, disse nesta quinta em nota oficial que há "evidência abundante" da vitória da oposição contra Maduro. "É claro para os Estados Unidos que Edmundo González recebeu a maioria dos votos." O comunicado pede ainda que os partidos vezuelanos comecem a discutir a transição de governo. Também em nota, Brasil, México e Colômbia fizeram um "chamado às autoridades eleitorais da Venezuela" para que divulguem os resultados eleitorais por mesa de votação. Maduro respondeu no X (ex-Twitter), dizendo que pode "retomar o diálogo" com os EUA, mas condicionou as conversas ao cumprimento do protocolo do Catar, assinado entre os dois países. O documento prevê o fim das sanções dos EUA à Venezuela após a eleição e posse do presidente eleito.

Medo no mercado

Depois de expressivas quedas dos mercados de Nova York na quinta, a Bolsa de Tóquio fechou nesta sexta com o segundo pior desempenho da história. O índice Nikkei 225 teve desvalorização de 5,81%. Segundo analistas, os resultados refletem o crescente medo dos investidores de uma recessão nos EUA. O sentimento foi reforçado pela queda acima do esperado do índice de atividade industrial (PMI) e pelo aumento dos pedidos de desemprego. Os balanços abaixo da expectativa das gigantes de tecnologia também contribuíram para o clima de pessimismo. No caso do Japão, houve ainda nesta semana a elevação da taxa de juros para 0,25%, maior nível desde 2008. O impacto foi sentido no Brasil: o dólar fechou ontem a R$ 5,73, maior valor desde 2021.

Spy vs spy

Rússia, Estados Unidos e outros países realizaram a maior troca de prisioneiros desde o final da Guerra Fria. Entre os libertados, está o jornalista Evan Gerschkovich, do jornal americano The Wall Street Journal, que estava detido na Rússia desde março do ano passado e havia sido condenado a 16 anos de prisão por espionagem. O governo de Putin também libertou dissidentes russos. Do outro lado, a Alemanha libertou o agente russo Vadin Krasijov, que cumpria pena pelo assassinato de um militante checheno em Berlim. A troca, que envolveu 26 pessoas e 7 países, ocorreu em Ancara, na Turquia.

Andes derretem

O recuo recente das geleiras nos Andes não tem precedentes na história da civilização humana. A afirmação é de um estudo publicado na revista Science. Andrew Gorin, principal autor do estudo, disse apostar que as geleiras estão menores do que já foram em qualquer momento "desde o último período interglacial", que terminou há cerca de 115 mil anos. Para Gorin, a descoberta é um alerta de que a humanidade está deixando para trás as condições climáticas nas quais a civilização como conhecemos foi construída.

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Milei diz obrigado

Javier Milei agradeceu ao Brasil por assumir a embaixada da Argentina em Caracas. No X (ex-Twitter), o presidente vizinho escreveu que "os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos". Os diplomatas argentinos foram expulsos da Venezuela depois de Milei ter declarado que a oposição, e não Maduro, vencera a eleição de domingo. Há seis oposicionistas venezuelanos refugiados na embaixada argentina. O Brasil também assumiu a embaixada do Peru.

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Imagem: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

Israel x Irã

Joe Biden conversou ontem com o primeiro-ministro Netanyahu para tentar evitar uma escalada da violência após o assassinato de líderes do Hamas e do Hezbollah. Segundo o site de notícias americano Axios, o governo dos EUA está convencido de que o Irã realizará um grande ataque contra Israel para vingar a morte do líder diplomático do Hamas, Ismail Haniyeh, quarta-feira em Teerã. A ofensiva também pode contar com a participação do Hezbollah. "Nós não estamos falando em frentes [de guerra] separadas. É uma campanha em todas as frentes, não há dúvidas de que a guerra entrou em uma nova fase", disse Hassan Nasrallah, líder do grupo xiita apoiado pelo Irã.

Deu no Washington Post: Trump lidera na maioria dos estados decisivos. Segundo a média das pesquisas acompanhadas pelo jornal americano, o ex-presidente aparece na frente de Kamala Harris em Nevada, Carolina do Norte, Arizona e Geórgia fora da margem de erro. Em Michigan, a vantagem do republicano fica dentro da margem de erro. Kamala Harris lidera em Wisconsin, dentro da margem de erro, e os dois estão empatados na Pennsylvania. Dois outros levantamentos recentes, divulgados pela Bloomberg e pelo Financial Times, mostram uma disputa mais equilibrada. Nos setes estados analisados pelo Washington Post, Kamala Harris aparece com resultados melhores do que os do presidente Joe Biden. Leia mais.

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