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O que é o PETN, que pode ter causado explosões de walkie-talkies no Líbano

Os walkie-talkies que explodiram nesta semana no Líbano continham um composto químico "altamente explosivo" conhecido como PETN, segundo fontes da agência Reuters. Os ataques deixaram ao menos 25 mortos e centenas de feridos no país.

O que se sabe

PETN é um composto cristalino considerado um alto explosivo. Mais sensível ao choque que o TNT, o tetranitrato de pentaeritritol (ou pentaeritrina) é um dos explosivos mais poderosos conhecidos. Na sua forma pura, é um sólido amarelo pálido e de cheiro irritante. Por ser extremamente seguro, é usado tanto para fins civis (como na mineração e em demolições, por exemplo) quanto em operações militares.

Material explosivo estava na bateria, o que dificultou a detecção. A empresa japonesa Icom afirmou ter interrompido há 10 anos a produção deste walkie-talkie e que a maioria dos aparelhos ainda à venda era falsificada. Yoshiki Enomoto, gerente geral da divisão de segurança e comércio da Icom, disse à Reuters que era possível que um walkie-talkie mais antigo tivesse sido modificado para fazer uma bomba.

Explosivos foram inseridos antes da entrada dos walkie-talkies no país. A informação consta em uma carta enviada na quinta-feira (19) pela missão libanesa da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Conselho de Segurança. As autoridades libanesas também indicaram que os equipamentos foram detonados após receberem mensagens eletrônicas, segundo a Al Jazeera.

Explosões

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Centenas de pagers e walkie-talkies do Hezbollah explodiram. O que tem sido considerado como um ataque sem precedentes matou, ao todo, 37 pessoas e deixou quase 3.000 feridos, segundo balanço do Ministério da Saúde libanês. As explosões de terça (17) e quarta-feira (18) foram um duro golpe para a milícia pró-Irã, que culpou Israel e prometeu vingança.

É incomum que dispositivos de comunicação sejam usados como armas. Para especialistas, é provável que os explosivos tenham sido colocados dentro dos aparelhos antes que fossem entregues ao Hezbollah. Uma investigação preliminar mostrou que os pagers, especificamente, "foram pré-programados para explodir e continham materiais explosivos junto à bateria", segundo uma fonte da AFP no Líbano.

Israel ainda não comentou sobre as explosões. Mas os ataques começaram horas após o país ter anunciado a extensão da guerra na Faixa de Gaza até sua fronteira com o Líbano, área que tem sido palco de duelos de artilharia quase diários entre o Exército israelense e o Hezbollah. Estes confrontos mataram centenas de pessoas no Líbano, a maioria delas combatentes, e dezenas em Israel.

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