Conteúdo publicado há 2 meses

Israel cita 'incursões' no Líbano, mas Hezbollah nega entrada no país

Israel anunciou que iniciou operações terrestres "limitadas, localizadas e direcionadas" na fronteira com o Líbano, mas o grupo extremista Hezbollah negou a movimentação.

O que aconteceu

Ataques ocorrem contra alvos do Hezbollah na região sul do Líbano, diz exército israelense. Em comunicado, as Forças de Defesa afirmaram que a aviação e a artilharia realizam ataques de apoio na área.

Evacuação de vilas libanesas foi aconselhada pelo Exército. "Para sua segurança, pedimos que não se desloquem em veículos do norte para o sul do Litani", escreveu Avichai Adraee, porta-voz do exército israelense, em uma mensagem publicada em árabe no Telegram.

Ofensiva será "a mais breve possível", diz Exército. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que não têm "intenção de permanecer no Líbano", mas que vai reforçar as defesas na fronteira após a operação por terra.

O Hezbollah negou que a incursão terrestre esteja em curso no sul do Líbano. Ao canal Al Jazeera, os extremistas disseram que "não houve confronto direto" entre seus combatentes e as forças israelenses.

"Todas as alegações sionistas de que as forças de ocupação entraram no Líbano são alegações falsas", afirmou um porta-voz. Nesta segunda, a sede de um canal de TV pró-Hezbollah foi destruída em um ataque aéreo na região sul de Beirute.

Se confirmada, esta será a primeira incursão terrestre de Israel no Líbano desde 2006. O conflito que aconteceu há 18 anos acabou com uma resolução de cessar-fogo das Nações Unidas.

Órgãos e países repudiam escalada da violência. A força interina das Nações Unidas no Líbano afirmou que a incursão terrestre "viola a integridade territorial e soberania do país". O Ministério do Exterior da Turquia afirmou que Israel conduz "tentativas de invasão fora da lei" e que as tropas devem sair do território imediatamente.

Bombardeios em Beirute

Novos ataques aéreos foram feitos em Dahiyeh, região xiita no subúrbio de Beirute, nesta terça. Segundo a Al Jazeera, não há informação sobre número de mortos e feridos.

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Comandante do Hezbollah foi morto no ataque desta terça, diz Israel. Segundo comunicado, Jaafar Qasir, responsável pela supervisão de munições iranianas ao grupo, foi atingido nos bombardeios desta tarde. O grupo extremista não se posicionou sobre o assunto até o momento.

Sirenes tocaram em Tel Aviv. Segundo as forças israelenses, alertas de ataque aéreo foram emitidos na região central de Israel e no subúrbio da capital nesta manhã. Não há registros, até o momento, de feridos ou de bombardeios na região, segundo os órgãos de segurança do país.

Líbano tem um milhão de deslocados

ONU faz apelo para criação de fundo de auxílio para afetados pela guerra. A meta é que US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2,1 bilhões) sejam levantados para ajudar os deslocados.

Mais de mil pessoas morreram. Segundo o ministério da Saúde do país, seis mil pessoas ficaram feridas nos ataques iniciados em 23 de setemro.

*Com informações da AFP e da RFI

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