EUA assistem à aurora boreal rara causada por tempestade solar; veja fotos

Os moradores de várias cidades dos Estados Unidos puderam observar uma aurora boreal no país na noite de ontem (10).

O que aconteceu

Auroras boreais não são comuns na maioria dos Estados Unidos. Devido a uma tempestade solar que atinge a Terra, o fenômeno se abrangeu e pôde ser visto em estados como Nova York, Virginia e no distrito de Columbia. Normalmente, elas são vistas no país apenas em regiões fronteiriças com o Canadá e no Alasca.

Evento durou cerca de 20 minutos. Entretanto, a previsão do NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, em inglês), afirma que os americanos poderão ver a aurora boreal novamente hoje, em áreas um pouco mais ao norte de onde foram vistas ontem.

Céu ficou rosa, roxo e verde em Nova York
Céu ficou rosa, roxo e verde em Nova York Imagem: Lucie Aubourg/AFP

Nova-iorquinos se impressionaram com fenômeno. Muitos foram às redes sociais comentar o evento. "Isso é loucura... Nunca pensei que veria uma aurora boreal sobre a cidade de Nova York", disse um morador. Já outro, residente em Buffalo, no estado de Nova York, disse que o evento era "uma das coisas mais mágicas que já testemunhou".

Onda de aurora boreal foi causada por tempestade solar. Esta é causada por ejeções de massa coronal (CME), que são explosões de partículas que saem do Sol e que, ao chegar, perturbam o campo magnético da Terra. Além dos belos padrões criados no céu, elas são capazes de alterar as comunicações de alta frequência, perturbar satélites e causar sobrecargas na rede elétrica.

Como se formam auroras boreais

A aurora boreal, um fenômeno natural de luzes no céu, pode se apresentar de várias formas, como, por exemplo, em espirais, arcos e auréolas. Com seus riscos verdes, azuis, violetas e até rosas, elas percorrem caminhos e movimentos inconfundíveis no céu.

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Classificada como um fenômeno natural e óptico, a aurora boreal só existe graças ao Sol. Além do calor e da luz, a estrela envia muita energia e diversas partículas até a Terra, que é protegida delas pelo seu campo magnético.

É quando fluxos dessas partículas altamente energizadas, conhecidas como ventos solares, passam ao redor da magnetosfera, que acontece a aurora boreal. O campo magnético do planeta nos protege da radiação cósmica, mas o escudo é naturalmente mais fraco nos polos norte e sul, o que permite que o vento solar deslize pela atmosfera — geralmente entre 100 e 300 km acima da superfície da Terra.

À medida que as partículas solares passam pela atmosfera, elas superaquecem os gases, que então brilham de forma vibrante no céu durante à noite. O que vemos no céu, portanto, são milhões de colisões individuais que seguem as linhas do campo magnético da Terra.

Geralmente as auroras aparecem na cor esverdeada, porque os átomos de oxigênio, abundantes na parte da atmosfera que o vento solar atinge, emitem essa tonalidade.

A duração da aurora boreal, assim como sua aparição, é imprevisível. Ela pode durar poucos minutos ou horas. Os melhores lugares para apreciar uma aurora boreal vão do Alasca à Islândia, passando pelo Canadá, Groenlândia, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e até alguns pontos mais ao norte dos EUA.

Nas crenças de povos nórdicos antigos, a aurora boreal era um presságio de guerra e, por isso, assustava a todos sempre que aparecia. Séculos atrás, foi relacionada às atividades de espíritos e as luzes dançantes no céu eram chamadas de "raposas árticas gigantes". Hoje em dia, no entanto, o espetáculo luminoso encanta muitos turistas, que viajam até a região ártica só para "caçar" a aurora boreal.

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