Arquidiocese nos EUA paga R$ 4,9 bi em ação de abuso sexual contra crianças

A Arquidiocese de Los Angeles, a maior dos Estados Unidos, concordou em pagar o valor de US$ 880 milhões (R$ 4,9 bilhões na atual cotação do dólar) para encerrar processo contra clérigos católicos acusados de abusar sexualmente de crianças.

O que aconteceu

Acordo foi realizado pela igreja católica na quarta-feira (16). A Arquidiocese de Los Angeles concordou em pagar a quantia bilionária no âmbito de uma ação judicial movida por 1.353 pessoas que dizem ter sido abusadas por clérigos quando eram crianças, em casos que datam desde a década de 1940, segundo informações da CBS News.

Em nota, o arcebispo José H. Gomez disse lamentar profundamente pelas vítimas abusadas por clérigos católicos. "Sinto muito, do fundo do meu coração, por cada um desses incidentes. Minha esperança é de que este acordo forneça alguma medida de cura para o que esses homens e essas mulheres sofreram", diz o comunicado.

Valor de R$ 4,9 bilhões é o maior já pago por uma diocese católica em um litígio por supostos abusos de seus membros, conforme a CBS. Esse novo acordo firmado pela arquidiocese eleva para US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,5 bilhões) o valor gasto em indenizações pagas pela instituição em processos de abuso sexual contra líderes católicos. Em 2007, a Arquidiocese havia firmado acordo de US$ 600 milhões na ação que envolvia 500 supostas vítimas.

Montante será pago das reservas financeiras da Arquidiocese, segundo o arcebispo. "Determinamos que o financiamento para este acordo será retirado de reservas, investimentos e empréstimos, juntamente contra outros ativos e pagamentos arquidiocesanos que serão feitos por ordens religiosas e outros nomeados no litígio".

Caso o acordo seja aprovado, os pagamentos deverão ser feitos entre 2025 e 2026. Ainda conforme o arcebispo, "nenhuma doação designada para paróquias, escolas ou campanhas arquidiocesanas serão usadas para o financiamento deste acordo".

Arquidiocese reiterou que as reivindicações resolvidas neste acordo não envolvem padres que estão atualmente no ministério. "A maioria das alegações cobertas pelo acordo ocorreram há mais de 50 anos", complementa o comunicado da arquidiocese, que ainda enfrenta outras ações por supostos abusos de seus membros.

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