Relatório da ONU pede investimento de 2% do PIB para economia verde
O Relatório sobre Economia Verde do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) demonstra que as economias verdes representam um novo mecanismo para gerar crescimento, empregos decentes, além de serem vitais para a eliminação de pobreza. Eis algumas das conclusões deste relatório:
- Investir apenas 2% do PIB global em 10 setores mais importantes – incluindo agricultura, construção civil, energia, pesca, engenharia florestal, indústria, turismo, transporte, água e a gestão de resíduos sólidos – pode ser o passo inicial para uma transição para uma economia de baixo carbono, que usa seus recursos de forma eficiente.
- Tornar a economia mais verde, em contraste com o cenário de negócios ao qual estamos acostumados, pode produzir maior aumento do PIB e do PIB per capita, em um período de 5 a 10 anos.
- Em uma economia verde, novamente em contraste com o cenário de negócios ao qual estamos acostumados, projeta-se uma demanda global por energia 40% menor por volta de 2050, graças a avanços substanciais em eficiência energética.
- Em um cenário que considera um investimento verde, projeta-se uma redução de cerca de um terço das emissões de CO2 relacionadas a energia por volta de 2050, quando comparadas aos níveis atuais.
- Considerando-se a transição para uma economia verde, novos empregos seriam criados e, com o passar do tempo, excederiam as perdas de empregos da chamada “economia marrom”, especialmente em setores como agricultura, construção, energia, engenharia florestal e transporte.
- A movimentação rumo a uma economia verde está ocorrendo em escala e velocidade nunca vista antes. Em 2010, eram esperados novos investimentos em energia limpa, com uma alta recorde de 180 a 200 bilhões de dólares, contra os 162 bilhões investidos em 2009.
- O investimento global em energia renovável é cada vez mais puxado pelas economias emergentes (países fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE), cuja participação no investimento global na área saiu de 29% em 2007 para 40% em 2008, com Brasil, China e Índia respondendo pela maior parte deste aumento.
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