Topo

Em discurso rápido, Ahmadinejad pede compaixão para enfrentar a crise

Cerca de 300 pessoas participaram de um protesto na praia de Ipanema, no dia 17, contra a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Rio+20 - Alessandro Buzas/Futura Press/AE
Cerca de 300 pessoas participaram de um protesto na praia de Ipanema, no dia 17, contra a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Rio+20 Imagem: Alessandro Buzas/Futura Press/AE

Lilian Ferreira

Do UOL, no Rio

20/06/2012 16h44

Havia boatos e campanha para esvaziar a plenária durante discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Rio+20. Mas não foi necessário nenhum flash mob: sua fala foi durante o tempo estipulado para o almoço e poucos delegados e chefes de Estado estavam na sala no momento.

O presidente do Irã falou sobre religião, citou Jesus Cristo e declarou que é preciso amor e compaixão para enfrentar a crise.

Ahmadinejad criticou o que chamou de "ordem injusta imposta por teóricos que têm ambições de hegemonia". Ele também afirmou que as regras do mundo atual "estão baseadas na imoralidade", citando exemplos como a guerra iniciada pelo Iraque contra seu país e outros fatos históricos. "Isso levou a níveis cada vez mais escabrosos de pobreza em todo o mundo".

O presidente do Irã saiu cedo do hotel Royal Tulipe, onde está hospedado no Rio, com um forte esquema de segurança. Defensores dos direitos humanos, ambientalistas e membros da comunidade judaica protestaram no último domingo (17) no Rio contra a participação de Ahmadinejad na Cúpula.