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Documento da Rio+20 não satisfaz muitas pessoas, mas foi o melhor possível, diz ministra do Meio Ambiente

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira - Marco Antônio Teixeira/ UOL
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira Imagem: Marco Antônio Teixeira/ UOL

Maria Denise Galvani

Do UOL, no Rio

21/06/2012 20h52Atualizada em 21/06/2012 22h55

Representando o Brasil na plenária de alto nível da Rio+20, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira disse que a declaração negociada pelos diplomatas ao longo da última semana foi a "melhor possível”.

“O documento final não atende a todos os desejos do Brasil e não satisfaz muitas pessoas aqui, mas tenho certeza que foi o melhor possível”, disse a ministra em seu discurso.

Na plenária, Teixeira lembrou que em 1992 também havia um clima de pessimismo ao final da conferência da ONU no Rio de Janeiro. “Mesmo assim, a Agenda 21 e os princípios do Rio são a fundação do que fazemos hoje. O desenvolvimento sustentável ficou na cabeça e coração de muitas pessoas”, disse Teixeira. “Eu me atrevo a dizer que tivemos sucesso novamente em 2012.”

Entre os pontos positivos da declaração, Teixeira citou o foco no combate à pobreza, como havia feito a presidente Dilma na abertura da reunião de cúpula, na quarta-feira. (20). "A Rio+20 nos dará a oportunidade de corrigir os piores resultados do modelo econômico dos últimos 200 anos: a desigualdade."

Pessimismo

A declaração "O futuro que queremos" foi negociada por diplomatas durante o comitê preparatório para a reunião de cúpula da Rio+20. A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que termina nesta sexta (22), no Rio.

A presidente Dilma, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e até o secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon, chegaram a dizer que se decepcionaram com alguns pontos da declaração.

Nesta quinta (21), representantes da sociedade civil envolvidos na Conferência prepararam uma carta aos chefes de Estado intitutlada "A Rio+20 que não queremos", fazendo críticas ao documento da ONU.

Mais cedo nesta quinta (21), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o documento final da Conferência "traz avanços". "Aqui, 192 países concordaram em criar os objetivos do desenvolvimento sustentável, com metasque serão verificada e quantificada para todos. Vai haver um indicador de desenvolvimento que vai além do aspecto econômico, leva em conta também os aspectos social e ambiental", disse o ministro.

(com informações de Lilian Ferreira)