Morte de rinocerontes na África do Sul bate recorde antes do fim do ano, diz governo
A África do Sul divulgou nesta terça-feira (16) que a morte de rinocerontes alcançou um recorde neste ano, com 455 registros até outubro deste ano – em 2011, foram 448 mortes. Segundo o governo, a maioria dos cadáveres foi encontrada no Parque Nacional Kruger, local conhecido dos turistas por ser uma área de conservação da fauna africana – dos 455 abates, 272 ocorreram dentro da reserva.
O departamento de assuntos ambientais afirma que as mortes são impulsionadas pelo comércio ilegal de chifres do animal - o osso é usado na medicina de países asiáticos, como China e Vietnã, por ter grandes efeitos de cura. Mas cientistas dizem que as unhas do mamífero, que têm a mesma composição e material que os chifres, não possuem nenhum efeito medicinal comprovado. No mercado negro, o quilo do chifre do rinoceronte pode sair por até US$ 65 mil (cerca de R$ 132 mil).
O governo Sul-Africano enviou tropas do Exército para as fronteiras do país para tentar coibir o comércio ilegal dos chifres e diz já ter prendido 207 pessoas desde o começo de 2012. A África do Sul concentra 90% dos rinocerontes do continente africano, com cerca de 20 mil animais no seu território.
"Estamos com 455 [mortes] a dois meses do fim do ano, e se você considerar a taxa de crescimento de 6% ao ano, nós estamos perto do ponto de inflexão. Isso significa que o índice de mortes supera o de nascimento, indicando que a espécie começa a entrar em extinção”, alertou Kirsty Brebner, gerente do projeto de proteção ao rinoceronte da organização Endangered Wildlife Trust. (Com agências internacionais)
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