Roraima quer ser o primeiro Ecoestado do mundo
O governo de Roraima apresentou nesta sexta-feira (19) um projeto ambicioso de sustentabilidade que quer transformar a região no primeiro Ecoestado do mundo. A iniciativa também conta com a parceria da Unido, agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Desenvolvimento Industrial, e da Fundação Astronauta Marcos Pontes.
“Nas Ecocidades, temos apenas um projeto sustentável na localidade. A ideia do Ecoestado é integrar os mais diversos projetos e desenvolvê-los em uma região de maior abrangência”, explica Jan Dictus, representante da Unido.
Roraima foi escolhida pelas duas instituições para ter o programa pioneiro por dois fatores: localização próxima à região Amazônica, foco da atenção mundial, e pelo potencial ainda pouco explorado para desenvolver práticas ecológicas e sustentáveis. “[O Estado] Me chama a atenção pela sustentabilidade possível de ser implantada e pelo potencial do agronegócio e do turismo”, afirma o astronauta brasileiro.
A ideia é transformar várias cidades em modelos para o Brasil. A capital Boa Vista será a primeira a ser moldada dentro dessa nova concepção sustentável, integrando diversos aspectos, como energia renovável, mobilidade urbana, distribuição de água potável e rede de saneamento. O projeto, que tem como tripé um Estado ecologicamente sustentável, economicamente viável e socialmente justo, foi apresentado pela primeira vez durante a Conferência Rio+20, em junho passado.
O comitê discutiu com representantes dos governos estadual e federal, com os setores da indústria e do comércio e com a sociedade futuras ações de desenvolvimento que possam viabilizar o projeto, levantando questões que abrangem agronegócio, energia, educação, tecnologia, meio ambiente, transportes, indústria e turismo. Nos últimos três dias, o grupo também abordou políticas estratégicas e técnicas para a sustentabilidade viáveis para o Estado.
Os dados e informações levantados nas reuniões serão apresentadas à ONU, segundo a assessoria do governo de Roraima. Mesmo sem data definida de implantação, Pontes afirmou que já está firmada uma carta de compromisso entre o Estado, a Unido e a sua fundação. “Nossa intenção é que, a partir do próximo ano, possamos expandir alguns projetos-piloto que já estão em funcionamento no Estado”, conclui.
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