Ameaçado de extinção, tamanduá bandeira se reproduz em cativeiro em SP
O tamanduá bandeira, o maior das quatro espécies existente no continente sul americano, está ameaçado de extinção. O animal é listado como "vulnerável" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e já foi extinto em algumas regiões em que era nativo, como o Uruguai, e corre grande risco na América Central.
Apesar de no Brasil o risco ainda estar mais distante, o nascimento de um novo tamanduá bandeira em cativeiro é sempre festejado. “Eles ainda existem em nossa região, porém em número já muito reduzido. A fragmentação de seu habitat é uma das maiores ameaças para sua sobrevivência em nossa região e um novo nascimento é encarado como uma vitória”, afirma Luiz Pires, diretor do Zoo de Bauru, distante 331 km de São Paulo, onde nasceu um filhote, no dia 14 de março.
Em setembro de 2015 o zoo de Bauru já havia anunciado o nascimento de um filhote macho da mesma espécie. Em breve os dois recém-chegados se juntarão aos outros três tamanduás adultos que já vivem no zoo.
Ainda não é possível saber se o novo filhote é um exemplar macho ou fêmea. “É preciso esperar ainda alguns dias para essa descoberta”, explica Pires.
De acordo com o diretor do zoo de Bauru, o hábito solitário é uma característica do animal. Ele explica que, na natureza, macho e fêmea só se encontram no período em que ela está no cio. Em cativeiro, a convivência entre eles já é mais harmoniosa. “Quando a fêmea tem um filhote, ela precisa ser isolada junto com o bebê, evitando que os machos ataquem o filhote”, conta.
Pires explica que a fêmea ficará na maternidade, separada do macho, até que o filhote atinja uns quatro meses, só depois desse período ele poderá se misturar aos outros, mas sempre assistido para garantir que o animal macho não o ataque. Nesses primeiros meses, o bebê tamanduá fica só grudado nas costas da mãe, e a expectativa é que em breve o filhote poderá ser admirado por todos os visitantes.
O tamanduá bandeira adulto mede entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento e pesa até 41 kg. Na década de 1990, o tamanduá-bandeira foi representado na moeda de 10 cruzeiros, que circulou entre 1993 e 1994 no Brasil.
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