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Gelo marinho ao redor da Antártica alcança baixa recorde, mostram dados preliminares dos EUA

A Nasa divulgou a foto de uma fenda na plataforma de gelo Larsen, na Antártica. A imagem foi feita por cientistas que observam, medem e registram as mudanças do gelo nas áreas polares da Terra - Nasa/Maria-Jose Viñas
A Nasa divulgou a foto de uma fenda na plataforma de gelo Larsen, na Antártica. A imagem foi feita por cientistas que observam, medem e registram as mudanças do gelo nas áreas polares da Terra Imagem: Nasa/Maria-Jose Viñas

14/02/2017 21h48

O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira.

O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono.

Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve.

Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979.

Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde.

“Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters.

“Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”