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Tubarões que rastejam têm 9 milhões de anos, diz estudo

Espécie de tubarão "ambulante" é registrada na Indonésia - Reprodução/Youtube/ Conservation International
Espécie de tubarão "ambulante" é registrada na Indonésia Imagem: Reprodução/Youtube/ Conservation International

Do UOL, em São Paulo

24/01/2020 11h53

Um estudo publicado esta semana na Marine and Freshwater Research mostrou que espécies de tubarão "andam" há pelo menos 9 milhões de anos. De acordo com reportagem da rede norte-americana CNN, essas espécies, que vivem em águas rasas, não são perigosas como os que vivem nas profundezas dos oceanos.

Os cientistas passaram anos recolhendo amostras do DNA das espécies para estimar quando evoluíram e encontraram quatro novas espécies durante o trabalho.

Segundo o estudo, os "ambulantes" podem ser os tubarões evoluídos mais recentemente na Terra — as espécies mais jovens podem ter evoluído há menos de 2 milhões de anos, tempo considerado recente pelos padrões evolutivos.

Os tubarões são mais velhos que os dinossauros, estando nos mares do planeta por até 400 milhões de anos (para efeitos de comparação, o fóssil mais antigo de dinossauro tem cerca de 240 milhões de anos).

Os tubarões ambulantes, também chamados "epaulette" por seus pontos que lembram a decoração militar, "andam" em suas barbatanas para procurar pequenos peixes ao longo de recifes rasos e grama do mar — trata-se de um comportamento impulsionado pela mudança do nível do ar e das paisagens, que acabou influenciando os locais onde a maioria se estabeleceu: Indonésia e ilhas vizinhas, Nova Guiné, além de partes da Austrália.

Mark Erdman, co-autor do artigo e vice-presidente da Conservação Internacional para programas marinhos da Ásia-Pacífico, disse que os cientistas esperam que a pesquisa incentive os conservacionistas a adicionar alguns dos tubarões à Lista Vermelha da IUCN, um inventário global de espécies ameaçadas.

"É essencial que as comunidades locais, governos e o público internacional continuem trabalhando para estabelecer áreas marinhas protegidas para ajudar a garantir que a biodiversidade do oceano continue a florescer", disse, segundo a CNN.