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Bilhões viverão em áreas quentes demais para humanos até 2070, diz estudo

Fridays for Future: jovens se mobilizam contra aquecimento global no mundo - Nacho Doce/Reuters
Fridays for Future: jovens se mobilizam contra aquecimento global no mundo Imagem: Nacho Doce/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/05/2020 12h52Atualizada em 06/05/2020 13h22

Mais de três bilhões de pessoas poderão viver em regiões com temperaturas muito elevadas para seres humanos até 2070. A estimativa é de um estudo da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Os cientistas explicam que por milênios a humanidade viveu em um "nicho climático", em que as temperaturas são ideias para a sobrevivência, plantação e criação de gado.

De acordo com os pesquisadores, se o planeta não parar de aquecer, em 50 anos as condições para sobrevivência na Terra se tornarão extremas. Nas próximas décadas, a temperatura vai subir mais do que nos últimos seis mil anos.

A previsão é de que os impactos aumentem acentuadamente de acordo com o grau de aquecimento.

Para cada 1° C de aumento, um bilhão de pessoas perderão as condições do "nicho climático" e, eventualmente, terão que buscar novas regiões para sobreviver, segundo o estudo.

Comunidades que viverem em climas hoje considerados áridos ou semiáridos não terão mais as condições adequadas para criar gado ou cultivar colheitas.

Ainda de acordo com os cientistas, regiões como o deserto do Saara, na África, que correspondem a menos de 1% da superfície da Terra, cobrirão cerca de 19% do globo, afetando diretamente cerca de 3,5 bilhões de pessoas até 2070, dependendo do cenário de crescimento populacional.