Topo

Colômbia apresentará na COP26 plano de adaptação à crise climática

07/10/2021 23h11

Bogotá, 7 out (EFE).- O governo colombiano apresentará na 26ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26), que será realizada de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, sua proposta de adaptação a este fenômeno até 2050, baseada em uma economia com neutralidade de carbono.

"O nosso objetivo é um país neutro em carbono com capacidade de adaptação. A estratégia de neutralidade de carbono (até 2050) tem nove grandes compromissos", explicou Carlos Eduardo Correa, ministro do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

Estes eixos, acrescentou o ministro, estão relacionados com a expansão e o reforço dos conhecimentos climáticos; gestão integrada da biodiversidade; produção e consumo sustentáveis; transição justa da mão de obra; desenvolvimento rural, marinho e costeiro; e cidades e regiões resilientes e inteligentes.

Do mesmo modo, a proposta de "desenvolvimento resistente ao clima" inclui uma matriz energética diversificada; mobilidade e infraestruturas sustentáveis; e aumento da capacidade de adaptação da população e do sistema de saúde.

ESPERANDO RESULTADOS.

O governo pretende ser um dos principais atores na luta contra as mudanças climáticas, para a qual procura manter um papel de liderança regional e espera resultados concretos da cúpula de Glasgow.

"Uma das questões que serão discutidas é que os países devem se comprometer não só com a ambição, mas também com o financiamento, não só econômico, mas também técnico", disse Correa, acrescentando que as nações desenvolvidas devem cumprir o seu compromisso de mobilizar US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático.

O ministro também disse que haverá um diálogo sobre o dinamismo e a visão a longo prazo, até 2030 e 2050, sobre a mitigação, e sobre os objetivos de adaptação dos países às mudanças climáticas.

"Como incluir objetivos de adaptação nesta ambição, como vão ser medidos e como vão ser financiados? E o último ponto é a transparência: como vamos poder ter acesso à informação sobre o que está sendo feito?", questionou. EFE