Desmatamento da Amazônia aumentou 59% sob Bolsonaro, aponta Inpe
Em um ano, a Amazônia brasileira registrou 11.568 km² de desmatamento, um índice que coloca as medições durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) com um histórico negativo: um aumento de 59,5% da taxa de desmatamento na Amazônia em relação aos quatro anos anteriores.
Os dados são do Prodes, que faz parte do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e fazem parte de um monitoramento de 108 imagens de satélites de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal entre os dias 1º de agosto de 2021 a 31 julho de 2022.
Em relação aos valores do mesmo período do biênio 2020-2021, houve uma redução de 11,27%. Mesmo assim, o índice é o maior, excluindo o ano anterior, desde 2008.
Entre os estados da Amazônia Legal, o Pará foi o estado mais responsável pelo resultado negativo — foram 4.141 km² desmatados em 2022, 21% a menos do que no ano anterior. Porém, o destaque ficou para o estado do Amazonas, o único a registrar aumento na destruição: os satélites capturaram 2.607 km² de desmate, incremento de 13%.
Para o Observatório do Clima, grupo que reúne organizações ambientais do Brasil, uma das justificativas é a "expectativa de asfaltamento da BR-319 (Manaus-Porto Velho), rodovia que corta o maior bloco de florestas intactas da Amazônia", além da redução do trabalho efetivo do Ibama em campo.
Veja as taxas de desmatamento por estado no biênio 2021-2022:
- Acre: 847 km²
- Amazonas: 2.607 km²
- Amapá: 6 km²
- Maranhão: 282 km²
- Mato Grosso: 1.906 km²
- Pará: 4.141 km²
- Rondônia: 1.512 km²
- Roraima: 240 km²
- Tocantins: 27 km²
- Total de desmatamento em 2021-2022: 11.568 km²
Herança de Bolsonaro. Com o fim próximo do governo Bolsonaro, o legado do presidente em relação ao desmatamento é histórico, mas pelo sentido negativo. O presidente tornou-se o líder com maior aumento do desmatamento registrado desde 1988, quando começa a série histórica do Prodes.
"Se quiser ver os números de destruição florestal diminuírem em 2023, Lula terá que ter tolerância zero com o crime ambiental desde o primeiro dia de seu governo. E isso inclui responsabilizar judicialmente aqueles que sabotaram a governança ambiental no país enquanto ocuparam o governo nos últimos quatro anos", declarou Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
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