SP é metrópole com ar mais sujo do mundo, mas há cidades piores no Brasil
São Paulo amanheceu nesta sexta-feira (13) novamente em primeiro lugar no ranking de metrópoles mais poluídas do mundo, segundo o índice de qualidade de ar divulgado pela empresa suíça IQAir —o ranking só inclui grandes cidades.
Horas depois, ficou abaixo apenas da cidade do Kuait, capital do país de mesmo nome. Durante a semana, a capital paulista figurou algumas vezes no topo do ranking de metrópoles mais poluídas, mas outras cidades brasileiras têm qualidade do ar até pior.
Poluição em São Paulo
A cidade de São Paulo permaneceu durante boa parte da manhã de hoje na segunda posição no ranking de metrópoles mais poluídas do mundo. Sua pontuação foi de 154, em um ranking que vai desde zero até 300. Quanto maior a pontuação, mais poluído e insalubre é considerado o ar.
O ar na capital paulista está pior do que em cidades como Lahore, no Paquistão; Jacarta, na Indonésia; e Kampala, em Uganda. Wuhan, na China, que sempre foi apontada como uma cidade extremamente poluída, aparece em 10° lugar no ranking.
A lista do IQAir leva em consideração grandes metrópoles —e não ranqueia cidades menores. A empresa é especializada em tecnologia da qualidade o ar e organiza o ranking de 120 grandes cidades do mundo. A lista segue parâmetros americanos.
Outras regiões
Há cidades menores no interior do estado de São Paulo e em outros estados brasileiros onde a qualidade do ar está ainda pior e é considerada "muito insalubre". Ou seja, nessas regiões, o índice alcança o teto da medição: 300 pontos. A quantidade de incêndios de grandes proporções nas matas brasileiras tem sido fator preponderante para o agravamento da situação.
Osasco está com o ar bem pior do que o da capital paulista, por exemplo. Sua pontuação no ranking é 193, o que significa que a condição do ar é insalubre naquela região. Insalubre também está o ar em Campinas, que recebeu a pontuação 167.
A insalubridade do ar atinge também Bauru, que surge no mapa com IQA de 161, sete pontos acima do registrado na capital paulista. Assim como a região central de Ribeirão Preto, que aparece com pontuação 184 no índice.
No Paraná, as regiões insalubres incluem Medianeira, com 195 pontos; Francisco Beltrão, com 174; e Marechal Cândido Rondon, com 168. Em Mato Grosso, o ar mais insalubre foi registrado na estação de medição que fica no Parque Nacional da Chapada do Guimarães, com 193 pontos.
Em Rondônia, a situação é ainda mais crítica no momento. Em Porto Velho, a quantidade de partículas no ar é tão intensa que o tornam "muito insalubre" segundo o IQAir. Na estação da Rua Jamair, o índice chegou a 252 na manhã desta sexta. O equipamento da Avenida Rio Madeira classificou o ar com índice 263 na medição do IQAir. Na região da Avenida Acalama, esse número chegou a 292, apenas 8 pontos abaixo de 300, o que, segundo a empresa suíça, significa que o ar está "perigoso".
Em Rio Branco, a pontuação chegou a marcar 294, ou seja, apenas seis pontos abaixo do nível considerado "perigoso". Como o mapa da IQAir é dinâmico e alimentado com informações de estações de monitoramento em tempo real, esses índices podem mudar ao longo do dia.
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