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Parte 2: O ramo do esvaziamento das aldeias
Özlem Gezer e Milos Djuric
Reportagem especial - Parte 2
Gül tinha 22 anos quando decidiu que estava cansado de colher morangos na Grécia. Seu pai tinha tirado uma carteira de motorista para ele, pagando com uma vaca, para que Gül pudesse levar os trabalhadores de sua aldeia até o norte da Grécia, onde quase todos eles trabalhavam na mesma fazenda de morango. Gül dirigia pelos campos, pegava os pedidos dos fazendeiros, antes de voltar para a sua aldeia para pegar mais trabalhadores. Ele rapidamente aprendeu a se organizar; comprou lonas plásticas, fogões a gás e tendas. Como a Bulgária ainda não fazia parte da UE, Gül tinha que atravessar a fronteira ilegalmente. Ele aprendeu a subornar os agentes de fronteira e logo se tornou um dos motoristas mais populares. “O Meco não grita. Ele não bate na mulher. Meco tem a melhor música”. Esses são os elogios que até hoje recebe de seus passageiros.
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