Márcio França diz que Doria e Skaf não têm voto, mas, sim, popularidade

Ana Carla Bermúdez e Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França (PSB), afirmou na noite desta quinta-feira (16) que seus adversários João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) não têm voto, mas sim popularidade, e os comparou aos apresentadores de televisão Luciano Huck, José Luiz Datena e Fausto Silva.

"Doria e Skaf não têm voto, eles têm popularidade, como se fosse Huck, Faustão e Datena", declarou França ao chegar à sede da TV Bandeirantes, em São Paulo, para o primeiro debate entre os candidatos ao governo do estado. Com início às 22h, o debate terá retransmissão pelo UOL.

Pesquisa Ibope divulgada no dia 3 de agosto mostrou que Skaf e Doria estão tecnicamente empatados na disputa para o governo do estado: eles aparecem com 22% e 21% das intenções de voto, respectivamente. O atual governador Márcio França aparece com 3% das intenções de voto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Indagado sobre ter herdado o governo de Geraldo Alckmin (PSDB), França lembrou que foi eleito junto com o tucano, como vice dele na chapa, e se disse "muito honrado" por isso.

Para o candidato à reeleição, o debate será uma oportunidade para o eleitor checar quem é mais "parecido com ele", cidadão comum. "Você tem helicóptero? Você tem avião? Eu não tenho", disse.

Os dois principais adversários de França são empresários de patrimônio milionário: Doria declarou quase R$ 190 milhões de bens à Justiça Eleitoral, e Paulo Skaf (MDB), quase R$ 24 milhões. França declarou pouco menos de R$ 428 mil.

Debate intenso

João Doria, que chegou ao local do debate pouco antes de França, afirmou a jornalistas no local esperar um "debate intenso". Ele também fez críticas a Skaf e seu partido.

"Paulo Skaf, por estar no PMDB, desfavorece", disse o candidato tucano.

Doria, que deixou a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado, afirmou que "só a amplitude do nosso programa" muda com isso.

"Tudo o que fizemos na prefeitura, ao lado do [então vice-prefeito] Bruno Covas, vamos fazer no estado com o Rodrigo Garcia [candidato a vice-governador, do DEM]", afirmou.

Skaf foi o último dos três candidatos a chegar ao local do debate. Indagado sobre a possibilidade de embates – sobretudo com Doria, com quem aparece empatado nas últimas pesquisas de intenção de votos –, o candidato do MDB desconversou: "A palavra não é enfrentamento, é troca de ideias, é debate, mesmo. Você tem que levar ideias, tudo isso é democrático e natural", disse.

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