Após infecção, alta de Jair Bolsonaro é adiada

Gustavo Maia e Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Instagram

    18.set.2018 - Jair Bolsonaro, internado no hospital Albert Einstein, em SP

    18.set.2018 - Jair Bolsonaro, internado no hospital Albert Einstein, em SP

O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, não deve receber alta do hospital Albert Einstein nesta sexta-feira (28), como era previsto. A informação foi confirmada ao UOL tanto pela direção do PSL quanto por um dos médicos que atende o candidato no hospital.

O cirurgião Antônio Luiz Macedo informou, no fim da tarde, que um cateter estava infectado e que, por isso, seria necessário estender os antibióticos, por precaução. A expectativa é de que ele receba alta entre sábado (29) e domingo (30). Os médicos encontraram uma bactéria em um cateter que foi retirado ontem do abdômen de Bolsonaro.

Por precaução, ele ainda deverá receber antibióticos pela veia nos próximos dias. "Mas sem repercussão para ele", declarou Macedo. O médico explicou que a bactéria identificada foi um germe simples de pele, de "fácil tratamento".

Bactérias da pele, tanto do próprio paciente, como do profissional que o manipula, podem contaminar o cateter. Sempre que o acesso é retirado, os hospitais fazem exames na ponta do equipamento, que fica em contato com o sangue, para saber se ela está contaminada.

Ao constatar a contaminação no cateter, é preciso saber se a infecção chegou ou não à corrente sanguínea. Enquanto isso, Bolsonaro já recebe antibióticos específicos para bactérias da pele, que não são mesmos administrados para o intestino.

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O imprevisto trouxe problemas logísticos à equipe de Bolsonaro, que já havia comprado passagens aéreas para a tarde desta sexta-feira (28). Por conta das condições clínicas do candidato, a poltrona escolhida tinha sido na primeira fileira da aeronave, que tem mais espaço para as pernas.

Ele sairia do aeroporto de Congonhas, próximo ao hospital, e iria aterrissar no aeroporto Santos Dumont, no centro da capital fluminense.

Segundo a direção do PSL, antes de deixar o hospital, o presidenciável deve conceder uma entrevista coletiva, durante aproximadamente cinco minutos. Bolsonaro tem sido orientado a falar pouco para evitar o acúmulo de gases no abdômen.

Procurada, a assessoria de imprensa do hospital disse que a informação não é oficial. O Albert Einstein informou que apenas se posiciona sobre o candidato através de boletins médicos diários, divulgados por volta das 15h.

No boletim desta quinta-feira, o hospital informou que "o paciente não apresenta dor ou febre. Não há disfunções orgânicas e os exames laboratoriais estão estáveis. Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada."

A nota foi assinada pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, pelo clínico e cardiologista Leandro Echenique e pelo diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo. Pouco antes da divulgação, Bolsonaro informou ao UOL que deveria ser liberado na sexta-feira. (Com Estadão Conteúdo)

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