Doria tem 32%; Skaf, 30% e França, 18% em São Paulo, mostra Ibope

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Eduardo Knapp/Folhapress

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (6), na véspera do primeiro turno das eleições, aponta empate técnico entre João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB), considerando votos válidos, na disputa para ser o novo governador de São Paulo.

O levantamento apontou Doria com 32% das intenções de voto, e Skaf com 30%. Na sequência, vem Márcio França (PSB), com 18% das intenções de votos válidos. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. 

São considerados votos válidos aqueles que excluem brancos e nulos --ou seja, os que necessariamente são declarados a favor de uma candidatura. Para ser eleito em primeiro turno, o candidato precisa obter no mínimo 50% mais um voto do total de votos válidos.

Doria tem maior rejeição entre candidados

O Ibope também perguntou aos eleitores em quem eles não votariam de jeito nenhum. Como os entrevistados podiam escolher mais de um nome, a soma dos percentuais das respostas pode ser superior a 100%. Veja lista da rejeição:

  • João Doria (PSDB) - 31%
  • Luiz Marinho (PT) - 23%
  • Paulo Skaf (MDB) - 17%
  • Toninho Ferreira (PSTU) - 12%
  • Major Costa e Silva (DC) - 12%
  • Márcio França (PSB) - 9%
  • Marcelo Cândido (PDT) - 9%
  • Lilian Miranda (PCO) - 9%
  • Prof. Lisete (PSOL) - 9%
  • Rodrigo Tavares (PRTB) - 9%
  • Rogerio Chequer (Novo) - 8%
  • Prof. Claudio Fernandes (PMN) - 7%

Simulações de segundo turno

De acordo com o Ibope, no segundo turno, Skaf venceria tanto Doria como França. Numa disputa entre o candidato do PSDB e o do PSB, Doria seria eleito governador. Veja:

  • Skaf 41% x 37% Doria (branco/nulo: 17%; não sabe/não respondeu: 5%)
  • Doria 40% x 36% França (branco/nulo: 18%; não sabe/não respondeu: 6%)
  • Skaf 43% X 31% França (branco/nulo: 19 %; não sabe/não respondeu: 7%)

A pesquisa Ibope para governador e senador foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob número SP-08795/2018 e ouviu 2.002 pessoas entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro de 2018. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo".

Segurança pública no radar dos principais candidatos
Adriano Vizoni/Folhapress

Pegando carona na candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que tem como vitrine a rigidez na segurança pública, os líderes nas intenções de voto, Doria e Skaf, acenaram durante toda a campanha eleitoral para maior rigidez na política de segurança.

Paulo Skaf, mesmo antes do resultado do primeiro turno, já declarou apoio a Jair Bolsonaro, contrariando o presidenciável do MDB, Henrique Meirelles. Doria também sinaliza que apoiará o candidato do PSL, caso o tucano Geraldo Alckmin não vá para o segundo turno. Quando questionado se apoiaria o PT no segundo turno, ele afirmou nos últimos dias que jamais votará 13.

Entre as propostas de Skaf e Doria, estão, por exemplo, o fim das saídas temporárias de presidiários. No entanto, o governador de São Paulo não tem autoridade para determinar o fim do benefício. A medida é de competência do Congresso Nacional.

São Paulo, apesar de ser o berço da maior facção criminosa do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital), registra com a menor taxa de homicídios do país --em contraposição ao crescente no número de mortes violentas em outras regiões. As medidas propostas pelos principais candidatos têm como objetivo manter a queda nos homicídios e fortalecer os policiais.

Com 939 mortos pelas polícias civil e militar, o ano passado foi o que a letalidade policial bateu recorde histórico desde o início da contabilização dos dados, em 1996. Em contraposição, o ano passado registrou o menor número de policiais mortos. No entanto, nenhum dos três primeiros colocados nas pesquisas aponta a letalidade policial como problemática.

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