Fora do Senado após 16 anos, Cristovam Buarque culpa PT por derrota

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL

  • Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    Cristovam Buarque não é reeleito senador pelo DF e deixará cadeira após 16 anos de mandato

    Cristovam Buarque não é reeleito senador pelo DF e deixará cadeira após 16 anos de mandato

Filiado atualmente ao Partido Popular Socialista (PPS), Cristovam Buarque, de 74 anos, ocupava uma das três cadeiras destinadas ao Distrito Federal no Senado havia 16 anos e não conseguiu se reeleger. O político ficou em terceiro lugar, com 12,08% dos votos, e culpou o Partido dos Trabalhadores (PT) – do qual fez parte de 1989 até 2005 – por sua derrota nas urnas. "Até hoje tem gente que acha que sou do partido e por isso decidiu não votar em mim", disse ao UOL.

Segundo ele, o motivo de não ter sido reeleito não foi o "mau comportamento", mas as decisões que os eleitores não aprovaram, como votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma e da PEC do Teto, que congela gastos por 20 anos."Eu não consegui reverter, teve gente que não entendeu."

Entretanto, apesar da derrota nas urnas, o engenheiro mecânico, economista, educador e professor universitário afirma não estar abalado. "Agora vou pensar em novos rumos para a minha vida, viajar mais, escrever mais", disse. "É uma honra na minha idade ter o privilégio de mudar o meu rumo."

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Natural de Recife, o político já foi ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – entre 2003 e 2004 – e também governador do Distrito Federal no ano de 1995 – principal rival do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz.

Em 2011, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal chegou a condená-lo por improbidade administrativa pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF). Ele era investigado por usar dinheiro público para produzir material publicitário com fins eleitorais em 1995, época em que era governador. Porém, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que não havia provas suficientes para condenar o político e afastou a condenação.

Apesar disso, Buarque disse que é o único senador "100% limpo" e com mais leis sancionadas. Ele também lamentou os "mais de 100 projetos que infelizmente ficarão perdidos".

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