"Quem vende arma, não vende coragem", diz Wagner Montes sobre armar civis

Bibiana Bolson

Colaboração para o UOL

  • Reprodução/Facebook

    Wagner Montes foi eleito deputado federal do RJ pelo PRB com 65 mil votos

    Wagner Montes foi eleito deputado federal do RJ pelo PRB com 65 mil votos

Aos 64 anos, Wagner Montes vai trocar a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pela Câmara após 12 anos. O apresentador e político filiado ao Partido Republicano Brasileiro se elegeu deputado federal do Rio com 65.868 votos e tem como principal bandeira a segurança pública. Ele defende a liberação do porte de armas, mas não sem antes uma análise para entender se a medida trará segurança. "Quem vende a arma, não vende a coragem. Temos que dar o porte de arma para quem entende de arma", explica ao UOL.

Na cadeira de rodas devido a uma trombose e após passar por problemas de saúde nos últimos dois anos, ele se diz forte para assumir o novo cargo e afirma que com Flavio Bolsonaro (PSL) – a quem chama de "Flavinho" – pode "fazer muito em Brasília". O filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito senador do Rio de Janeiro com quatro milhões de votos.

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A primeira eleição de Wagner Montes aconteceu em 2006 pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Com mais de 110 mil votos, foi um dos deputados mais votados do Rio de Janeiro e o mais votado da legenda. Em 2010, ele se reelegeu com mais de meio milhão de votos, em uma das votações mais expressivas da história da política fluminense. A segunda reeleição aconteceu em 2014.

Quando assumiu a presidência da Alerj, no ano passado, protagonizou um episódio controverso, depois de emitir um ofício ao presídio para liberação dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. A medida foi tomada após uma sessão que votou a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região sobre a prisão dos três envolvidos em uma das operações de desdobramentos da Lava-Jato, resultando numa votação que derrubou a decisão. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro abriu investigação para apurar se houve possíveis crimes relacionados à soltura.

Lado comunicador

Natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o advogado e comunicador começou a carreira na comunicação em 1974, na rádio Tupi. Em 1981, Montes sofreu um grave acidente de triciclo e precisou amputar a perna direita. 

Em 1989, apresentou os programas "Aqui e Agora", na extinta TV Tupi e "O Povo na TV", na TVS – hoje SBT. Hoje, apresenta o programa "Balanço Geral", na TV Record do Rio de Janeiro.

Os últimos dois anos têm sido de bastante luta no quesito saúde para Wagner Montes. Em 2017, o apresentador, ficou afastado durante cinco meses de suas atividades. Ele teve uma arritmia cardíaca em um voo, foi hospitalizado e chegou a ficar 48 dias internado e 37 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no total. Em abril desse ano, passou por uma cirurgia para retirar dois cálculos renais e também teve que se ausentar para a recuperação.

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