Acusada de favorecimento, Delta entrega documentos à CPI do Cachoeira
O novo presidente da construtora Delta, Carlos Eduardo Verdini, foi nesta quarta-feira (25) ao Senado para entregar documentos à CPI do Cachoeira, instalada mais cedo. Segundo o executivo, o propósito é "manter a empresa funcionando" e "preservar 35 mil funcionários", mas o conteúdo dos documentos não foi divulgado.
De acordo com investigações da Polícia Federal, a construtora teria obtido facilidades em licitações por meio do contraventor Carlinhos Cachoeira, que está preso desde fevereiro.
Mais cedo, o empresário Fernando Cavendish renunciou à presidência do Conselho de Administração da construtora Delta, depois de denúncias envolvendo seu nome ao do bicheiro.
A Delta é uma das empresas que mais recebem repasses do governo federal, em especial de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Também opera em vários Estados.
"O interesse da empresa é que tudo seja apurado a fundo", disse Verdini, ao se dirigir à presidência do Senado. "Vamos colaborar integralmente."
Cachoeira e o ex-diretor da Delta Claudio Abreu, preso nesta manhã na operação Saint Michel, da Polícia Federal, aprecem em um grampo falando sobre um crédito de R$ 20 milhões com a prefeitura de Anápolis, no interior de Goiás.
"A empresa precisa seguir em frente, são 50 anos no mercado", disse Verdini, que também comandará uma auditoria na companhia.
A Delta já saiu do consórcio que reforma o Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e cogita deixar obras da Petrobras no Estado do Rio de Janeiro.
Caso sejam comprovadas as denúncias de favorecimento, a empresa pode ser listada como inidônea pelo governo federal, o que inviabilizaria novos contratos.
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