Topo

Após posse de Lacerda, Patrus Ananias diz que "PT ainda sabe fazer oposição"

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

01/01/2013 20h03

Patrus Ananias, ex-prefeito de Belo Horizonte e candidato derrotado na disputa pela Prefeitura da capital mineira em 2012, afirmou nesta terça-feira (1º) que o PT “ainda sabe fazer oposição”.

Presente à solenidade de posse do prefeito reeleito de Belo Horizonte Marcio Lacerda e dos 41 vereadores da cidade, entre eles Pedro Ananias (PT), seu filho, na Câmara Municipal, o ex-prefeito avalia que as duas décadas em que a legenda administrou Belo Horizonte não modificou a essência do partido.

“Governamos Belo Horizonte por muito tempo e muito bem. Vamos ocupar, agora, o nosso lugar. O PT ainda sabe fazer oposição. Estamos voltando a ocupar um lugar que faz parte da história do PT: a oposição”, afirmou o ex-ministro.

Patrus, porém, garantiu que a oposição não será sistemática. “Não faremos oposição à cidade. Todos os bons projetos terão o nosso apoio. Faremos uma oposição democrática, mas séria e vigorosa”, disse. “Nós vamos cobrar rigorosamente tudo o que foi prometido pelo nosso adversário (Marcio Lacerda). Todas as promessas que ele (Lacerda) fez ao povo de Belo Horizonte serão cobradas."

Disputa tucana na Câmara de BH

O vereador Léo Burguês (PSDB) foi reeleito nesta terça-feira (1º) presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Burguês obteve 21 votos frente a 14 dados ao adversário, o vereador Henrique Braga (PSDB). A vitória do tucano foi garantida pelo apoio da bancada do PT, com a maioria se abstendo de votar. Dos seis vereadores da bancada do PT, apenas Silvinho Rezende deu seu voto a Henrique Braga.

Eram cotados para a disputa, além de Léo Burguês e Henrique Braga, o vereador Pablito (PSDB). O  presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, havia acertado entre os tucanos e Lacerda que o escolhido seria Henrique Braga. Pestana chegou a dizer que ainda havia “alguma divergência” envolvendo a resistência de Burguês de abrir mão da candidatura.

Braga confiava também no apoio do PT para se eleger. “Se o PT tiver juízo, eles votam comigo”, disse o vereador tucano. Ele argumentou ainda que Burguês estava cometendo “suicídio político dentro do partido” com a postura de peitar a decisão partidária de não apoiá-lo para um segundo mandato na Casa.

Após a confirmação da vitória de Burguês, Braga disse que a Câmara estava divida e que isso implicaria problemas para a tramitação de projetos na Casa.

Léo Burguês, por sua vez, disse que não guardava ressentimentos dos dirigentes do PSDB e do prefeito. O vereador afirmou que vai buscar a união entre os vereadores, incluindo os vereadores que não lhe deram o voto.