Celular e agendas de Suzana nunca foram devolvidos à família, diz irmã
A irmã de Suzana Marcolino, Ana Luiza Marcolino da Silva, afirmou em depoimento nesta quarta-feira (8) que o celular e agendas da vítima –que poderiam ajudar nas investigações-- nunca foram devolvidos pelos ex-seguranças e familiares de Paulo César Farias. Além disso, os documentos de Suzana foram entregues rasgados.
“O meu padrasto recebeu uma mala pequena, uma frasqueira e alguns documentos pessoais rasgados. Ficou faltando celular, fotos, joias, além de todas as agendas as quais sempre estavam no carro. O celular nunca apareceu”, disse.
Segundo Silva, nenhum familiar de Suzana foi procurado pela polícia na primeira fase do inquérito –ela só teria sido ouvida após a reviravolta do caso, em 1999. A irmã disse ainda que Suzana estava feliz na véspera do crime.
“Após o almoço, no dia 22, ela me mostrou as roupas que havia comprado em São Paulo. Ela chegou dizendo que tinha encontrado um dentista que iria resolver seu problema dentário. Eu ainda a ajudei a fazer mala para o final de semana. Suzana estava muito feliz, disse que Paulo tinha comprado flores e mudado a decoração da casa”, afirmou.
Suzana gostava de viver
Ela confirmou que a família deixou Maceió após o crime com medo de “forças estranhas.” “Nenhum advogado ou segurança nos acompanhou. Venho para cá com medo. Nossa família toda ficou com medo, saiu de Alagoas, porque informamos que, quem precisasse de nós, estávamos disponíveis, mas começamos a perceber uma força estranha, não sei se do diabo, para contrariar o que dizemos”, disse.
Ao fim, ela fez um pedido à promotoria do caso. “Queria que suavizassem quando falassem dela, porque passa tão mal para as mulheres dizer que ela era prostituta, o que não é o caso. Ela era solteira, e não pode ser condenada porque era uma jovem que gostava de viver. Confio em vocês, nas pessoas, e digo que ela não merecia ser assassinada, como foi --porque ela jamais se mataria.”
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