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Após nove horas de debate, jurados decidem se condenam ou não ex-seguranças de PC Farias

Aliny Gama e Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

10/05/2013 20h01

Depois de nove horas de debates, nesta sexta-feira (10), os sete jurados que vão decidir o destino dos quatro ex-seguranças do empresário Paulo César Farias, o PC Farias, foram para a sala secreta, no fórum do Barro Duro, em Maceió, às 19h45, onde vão responder às questões referentes à morte de PC e da namorada Suzana Marcolino.  Não há previsão de tempo para que o resultado do júri popular seja divulgado.

Segundo o juiz Maurício Brêda, da 8ª Vara Criminal da Capital, os jurados devem responder a 11 perguntas para cada um dos réus, totalizando 44 questões. A primeira delas será se os jurados concordam que PC Farias e Suzana Marcolino foram mortos no dia 23 de junho de 1996.

O júri começou na segunda-feira (6).

O segundo quesito será a pergunta se os réus concorreram com as mortes. Caso os jurados respondam negativamente, o questionário não deverá ser mais respondido, exceto na questão cinco, onde é perguntado seu o réu deve ser absolvido.

Se condenarem, os jurados ainda vão responder as três qualificadoras do caso, sendo duas delas para PC Farias (motivo torpe e recurso que impossibilitou a vítima) e três para Suzana (que inclui também se o crime foi praticado para encobrir outro).

Os ex-seguranças Adeildo Costa dos Santos, Josemar Faustino dos Santos, José Geraldo da Silva e Reinaldo Correia de Lima Filho são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por omissão. Se condenados, eles podem pegar penas de 12  a 60 anos de prisão.

Debates

Para o professor de Direito Penal da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Welton Roberto, os debates que ocorreram nesta sexta são cruciais para a definição dos jurados.

"É um julgamento mais técnico, onde defesa e acusação vão ter que se debruçar sobre esses laudos. Os peritos que foram chamados são importantes para esclarecer os seus pontos, e os jurados vão ver em que pode confiar”, afirmou. 

Desde o início do julgamento, os réus negam o crime.