Promotor pede réplica para rebater "muita emoção e pouca razão" da defesa; resultado deve sair à noite
Encerrada a primeira fase dos debates entre acusação e defesa, o promotor Marcos Mousinho afirmou, no início da tarde desta sexta-feira (10), que vai usar o direito á réplica, o que deve estender o julgamento dos quatro acusados da morte do empresário Paulo César Farias e sua namorada Suzana Marcolino, em junho de 1996.
Segundo o promotor, a decisão de usar as duas horas as quais tem direito veio porque "a defesa foi muita emoção e pouca razão." "Ele usou somente para apelas à sensibilidade, mas existem provas técnicas nos autos, que não deixam dúvida que houve um duplo homicídio. Vou usar meu tempo para mostrar essas provas", disse.
Com a decisão do promotor, o júri deverá se estender por pelo menos mais 4 horas, já que a defesa também direito a tréplica de duas horas. O promotor afirmou ainda que a versão da primeira perícia foi falsa. "Não se sabe se por maldade ou por ingenuidade, mas a versão da polícia está completamente errada. Temos que deixar isso claro. Os seguranças ajudaram na farsa dessas versão e têm de ser condenados", disse.
O advogado de defesa, José Fragoso Cavalcanti, voltou a alegar que não há provas contras os réus e, se mostrando emocionado, pediu a absolvição. "Esses quatro militares são inocentes e não podem ser injustiçados", disse, arrancando lágrimas de familiares dos réus que estavam presentes.
Na saída, em entrevista à imprensa, o advogado acusou os peritos responsáveis pela segunda investigação de terem interesse de difamar o médico-legista. "O único interesse dessa contestação foi prejudicar o Badan Palhares. Não existiu outro objetivo, só esse", afirmou.
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