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Ao citar Dilma, ministro recebe vaias durante Marcha para Jesus

Evangélicos lotam as ruas da zona norte de São Paulo, neste sábado, na 21ª edição da Marcha para Jesus - Gabriela Biló/Futura Press
Evangélicos lotam as ruas da zona norte de São Paulo, neste sábado, na 21ª edição da Marcha para Jesus Imagem: Gabriela Biló/Futura Press

Thiago Varella

Do UOL, em São Paulo

29/06/2013 15h33

Gilberto Carvalho, ministro-chefe da secretaria-geral da Presidência da República, foi representar a presidente Dilma Rousseff durante a Marcha para Jesus, evento que reúne cristãos realizado neste sábado (29), em São Paulo (SP). Ao citar o nome da presidente, o ministro recebeu vaias dos participantes do encontro de evangélicos.

O ministro considerou a atitude normal. “Há crítica, mas também senti um grande apoio. Eu celebro a democracia”. Ele se recusou a comentar as pesquisas do Datafolha, que dizem que a popularidade da presidente caiu 27 pontos percentuais após o início dos protestos.

Ao ser chamado pelas lideranças para discursar para o público, houve um episódio inusitado. Assim que começou a falar, o ministro foi interrompido pela multidão que começou a gritar pelo nome de Marquito, assistente de palco no programa do apresentador Ratinho, no SBT.

Marquito, então, foi chamado para frente do palco e começou a chorar emocionado. Só então Carvalho pode prosseguir com sua fala.

Diálogo com evangélicos

Carvalho afirmou que o governo vai contemplar na agenda o diálogo com os evangélicos, após a recente onda de protestos em várias cidades brasileiras. “Ontem mesmo, em reunião com lideranças jovens a presidente Dilma conversou com uma representante de uma grande denominação evangélica. A presidente já falou com a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e faz parte do diálogo também conversar com evangélicos”, afirmou ministro.

No Twitter, o pastor Silas Malafaia reclamou que a presidente Dilma ainda não dialogou com lideranças evangélicas desde o início dos protestos.

O ministro Gilberto Carvalho afirmou que a presença de um representante do Governo Federal é importante para afirmar a liberdade religiosa no país. ”O governo sabe que o estado é laico, mas assim como a presidente Dilma vai recepcionar o papa no mês que vem, estou aqui neste evento.”