Dos 25 condenados no mensalão, Jefferson será o 23º a cumprir pena
Assim que for cumprida a ordem de prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (21), chegará a 20 o número de condenados no julgamento do mensalão presos. No total, dos 25 réus condenados no processo, três cumprem pena alternativa e dois ainda nem começaram a cumprir a sua pena.
Os últimos a serem presos foram o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, na Itália, e o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).
Jefferson aguardava em sua casa a decisão do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, sobre pedido para cumprir a sua pena de 7 anos e 14 dias de prisão em regime domiciliar por conta de seus problemas de saúde. O pedido foi negado nesta sexta.
O ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genú, condenado a quatro anos de prisão por lavagem de dinheiro, também ainda está livre pois aguarda julgamento de um recurso apresentado pela sua defesa.
Na mesma situação está Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus Banval, usada para lavar parte do dinheiro do esquema. Ele foi condenado por lavagem de dinheiro a 3 anos e 6 meses de prisão, no regime aberto, mas espera o STF se manifestar sobre o seu recurso que pede absolvição ou conversão para pena alternativa.
Os principais ex-dirigentes petistas estão presos desde novembro, incluindo o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Genoino cumpre a sua pena provisoriamente em casa por motivo de saúde enquanto aguarda uma decisão definitiva do presidente do Supremo.
Inicialmente preso no Complexo Penitenciário da Papuda, Genoino conseguiu ser transferido para casa após passar mal e ser hospitalizado. Barbosa concedeu o benefício até esta semana que passou, mas, como ainda não foi definido quando o ex-deputado passará por nova perícia médica, que servirá de base para a decisão do ministro, ele segue em casa.
O publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, e os seus ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, estão presos em presídios do Distrito Federal e de Minas Gerais.
Dos que já estão cumprindo pena, apenas três (ex-deputado José Borba (ex-PMDB), o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri e o ex-sócio da corretora Bônus-Banval Enivaldo Quadrado) receberam penas alternativas, convertidas em pagamento de multa e prestação de serviço em um dos casos.
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