Da prisão, presidente da Odebrecht determina destruição de e-mail
![A Polícia Federal informou à Justiça ter apreendido um bilhete manuscrito do empresário Marcelo Odebrecht. O bilhete contém a expressão "destruir e-mail sondas" - Reprodução/Polícia Federal/Arte UOL](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/8a/2015/06/24/24jun2015---a-policia-federal-informou-a-justica-ter-apreendido-por-volta-de-10h-da-segunda-feira-22-um-bilhete-manuscrito-do-empresario-marcelo-odebrecht-presidente-da-maior-empreiteira-que-seria-1435177788461_615x470.jpg)
A PF (Polícia Federal) apreendeu na última segunda-feira (22) um bilhete no qual o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu a frase "destruir email sondas". O bilhete foi endereçado aos advogados dele e foi interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da carceragem da Superintendência em Curitiba, onde o executivo está preso desde sexta-feira (19).
Entre as frase escritas no bilhete, aparecem os dizeres “destruir email sondas RR”. Para a PF, Marcelo se referia a Roberto Prisco Ramos, executivo da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht.
Após tomar ciência do ocorrido, o delegado responsável pela operação Lava Jato pediu aos advogados do executivo que apresentassem o bilhete original e justificassem a expressão usada por Odebrecht, sendo que o bilhete original não foi retido pela PF.
Ao delegado, os advogados Rodrigo Sanches e Dora Cavalcanti alegaram que o verbo destruir se referia a "estratégia processual e não a supressão de provas. Eles explicaram que o documento original foi levado para São Paulo, por outro advogado, onde fica a sede da empreiteira.
Para decretar a prisão dos executivos da Odebrecht, o juiz Sérgio Moro, baseou-se, entre outras provas, em outros e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht e Roberto Prisco, nos quais é mencionado o pagamento de propina de US$ 25 mil por dia para operação de sondas de perfuração da Petrobras.
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