Padre que queria ser senador acompanha o impeachment no Senado
Vestido com uma batina preta, um padre atraiu a atenção dos funcionários, assessores e jornalistas que circulavam pelos corredores do Senado no fim da tarde desta quarta-feira (11). "O que um padre está fazendo aqui?", era possível ler nos olhos de cada um.
O paraibano Lázaro Brito Couto chegou na segunda-feira (9) a Brasília, e está hospedado na casa de amigos. Veio de Aracaju (SE) para "participar de um momento histórico".
Assim que chegou ao Senado, tentou ter acesso ao plenário da Casa, mas foi barrado. Para entrar, teria de ter uma credencial especial. "Desculpe, padre, mas só obedeço ordens", explicou um dos seguranças.
O padre respondeu que compreendia e pediu para que ele entregasse um terço ao senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). O segurança concordou, mas um colega esclareceu que não seria possível.
Couto conseguiu autorização para entrar na Casa, que está com o acesso restrito por causa da votação do impeachment, graças à ajuda do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), de quem se diz próximo. "Mas não recebi ajuda de ninguém para viajar para cá".
A relação do padre com a política é antiga, segundo o religioso. É sobrinho do deputado federal Padre Luiz Couto (PT-SE), sonhou em ser senador e até presidente da República, embora nunca tenha se candidatado a nenhum cargo eletivo. "Sou apaixonado pelo Senado."
Apesar do parentesco com um petista, fez questão de esclarecer que só votou no PT uma vez, em 1994, em seu tio. "Depois, nunca mais."
Padre Couto declara que é a favor do impeachment de Dilma Rousseff, assim como apoiou o afastamento do ex-presidente Fernando Collor. "Nunca escondi minha posição, muito menso dos meus fiéis. Todo mundo sabe. Nas minhas homilias, falo que o país passa por dificuldades. Vim ao Senado para acompanhar o impeachment, manifestar minha indignação. Sou eleitor, cidadão, brasileiro e torço para que o país dê certo."
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